Local do antigo Porto de João Lostão. Hoje Praia da Tabatinga. Segundo os cronistas do século XVII, ali se faziam grandes pescarias.
Local do antigo Porto de Uruaçu, local onde pereceu João Lostão Navarro, dentre outros. (foto de Carla Saugueiro)
Com a ocorrência do Massacre de Cunhaú, aos 16 de julho de 1645, os colonos portugueses, moradores nas vizinhanças daquele engenho, que haviam escapado daquela hecatombe, alarmados, vieram se refugiar na casa Forte de João Lostão, uma daquelas cinco construções descritas no Mapa de Marcgrave. Por essa época, verificou-se a prisão de Lostão Navarro, que foi levado prisioneiro para o Castelo Keulen, no Rio Grande.
No mês de setembro do mesmo ano, Jacob Rabbi, com uma pequena força de Tapuias, brasilianos e mais 30 civis holandeses, ocuparam o Sítio de Lostão, onde assassinaram 15 ou 16 portugueses.
À ação criminosa, seguiu-se o Massacre de Uruaçu, em 03 de outubro, no qual foram mortos diversos portugueses de ambos os sexos, e de diversas idades. Tal episódio ocorreu no então chamado Porto de Uruaçu. Dentre as vítimas, figurava o honrado João Lostão Navarro, o próprio sogro do tenente-coronel Joris Garstman, que já havia sido o primeiro comandante do Castelo Keulen.
Naquela Casa-Forte de João Lostão Navarro ficou instalado o quartel-general das operações bélicas, ocupado pelas tropas flamengas até, pelos menos, 29 de junho de 1646.
Tentaremos agora, proceder à reconstituição geográfica dos diversos locais apontados no relato supra: aquela lagoa de água doce meya legoa do porto de João Lostão, corresponde à atual Lagoa de Arituba, ponto aonde se abasteciam d’água os moradores da povoação de João Lostão. É uma bela lagoa piscosa, localizada entre dunas.
O chamado Porto de João Lostão, correspondente ao atual Porto de Tabatinga, outrora também chamado de Porto Seguro. Apresenta umas barreiras de tonalidades rósea, muito íngremes, que medem talvez uns 20 metros de altura. Fica na localidade de Barra de Tabatinga, à beira-mar.
A Casa-Forte de Lostão Navarro, ao que tudo indica, situava-se naquele mesmo Porto, no Pontal da Tabatinga. Os velhos moradores da localidade de Barra da Tabatinga, ainda se referem a uma FORTALEZA que teria existido naquela localidade, sobre um certo ponto hoje chamado Piçarreira.
O meu parente, engenheiro Otávio Tavares, já falecido, informou ao pesquisador Hélio Galvão, “ter encontrado a um quilômetro da barra de Camurupim, à esquerda, do lado norte, dominando a saída do escoadouro das lagoas de Goaraíras, Papeba e Papari, um fundamento, espécie de sapata de cem por quarenta metros, feita de concreto, apta a receber qualquer construção”. Tal edificação, interpretada como tendo sido algum Fortim iniciado pelos flamengos, nos parece mais ter sido a casa-forte de João Lostão Navarro.
Fica, assim, relembrada a figura do mártir João Lostal Navarro, homem empreendedor, brasileiro por opção, católico de convicções inabaláveis. Não titubeou em derramar o próprio sangue, na defesa dos seus princípios.
Local do antigo Porto de Uruaçu, local onde pereceu João Lostão Navarro, dentre outros. (foto de Carla Saugueiro)
Cruz que marca o local onde teria sido sepultado o corpo do padre Ambrósio Ferro. Antigo Porto de Uruaçu (foto de Carla Salgueiro)
Aos 13 de junho de 1645, ante a descoberta do plano da insurreição portuguesa contra o domínio neerlandês, o Grande Conselho Holandês, reunido no Recife, determinou a prisão de João Lostão Navarro, indigitado líder da rebelião na Capitânia do Rio Grande. Encarregaram de prendê-lo, a Paulus de Linge, o governador da Paraíba.
Com a ocorrência do Massacre de Cunhaú, aos 16 de julho de 1645, os colonos portugueses, moradores nas vizinhanças daquele engenho, que haviam escapado daquela hecatombe, alarmados, vieram se refugiar na casa Forte de João Lostão, uma daquelas cinco construções descritas no Mapa de Marcgrave. Por essa época, verificou-se a prisão de Lostão Navarro, que foi levado prisioneiro para o Castelo Keulen, no Rio Grande.
No mês de setembro do mesmo ano, Jacob Rabbi, com uma pequena força de Tapuias, brasilianos e mais 30 civis holandeses, ocuparam o Sítio de Lostão, onde assassinaram 15 ou 16 portugueses.
À ação criminosa, seguiu-se o Massacre de Uruaçu, em 03 de outubro, no qual foram mortos diversos portugueses de ambos os sexos, e de diversas idades. Tal episódio ocorreu no então chamado Porto de Uruaçu. Dentre as vítimas, figurava o honrado João Lostão Navarro, o próprio sogro do tenente-coronel Joris Garstman, que já havia sido o primeiro comandante do Castelo Keulen.
Naquela Casa-Forte de João Lostão Navarro ficou instalado o quartel-general das operações bélicas, ocupado pelas tropas flamengas até, pelos menos, 29 de junho de 1646.
Tentaremos agora, proceder à reconstituição geográfica dos diversos locais apontados no relato supra: aquela lagoa de água doce meya legoa do porto de João Lostão, corresponde à atual Lagoa de Arituba, ponto aonde se abasteciam d’água os moradores da povoação de João Lostão. É uma bela lagoa piscosa, localizada entre dunas.
O chamado Porto de João Lostão, correspondente ao atual Porto de Tabatinga, outrora também chamado de Porto Seguro. Apresenta umas barreiras de tonalidades rósea, muito íngremes, que medem talvez uns 20 metros de altura. Fica na localidade de Barra de Tabatinga, à beira-mar.
A Casa-Forte de Lostão Navarro, ao que tudo indica, situava-se naquele mesmo Porto, no Pontal da Tabatinga. Os velhos moradores da localidade de Barra da Tabatinga, ainda se referem a uma FORTALEZA que teria existido naquela localidade, sobre um certo ponto hoje chamado Piçarreira.
O meu parente, engenheiro Otávio Tavares, já falecido, informou ao pesquisador Hélio Galvão, “ter encontrado a um quilômetro da barra de Camurupim, à esquerda, do lado norte, dominando a saída do escoadouro das lagoas de Goaraíras, Papeba e Papari, um fundamento, espécie de sapata de cem por quarenta metros, feita de concreto, apta a receber qualquer construção”. Tal edificação, interpretada como tendo sido algum Fortim iniciado pelos flamengos, nos parece mais ter sido a casa-forte de João Lostão Navarro.
Fica, assim, relembrada a figura do mártir João Lostal Navarro, homem empreendedor, brasileiro por opção, católico de convicções inabaláveis. Não titubeou em derramar o próprio sangue, na defesa dos seus princípios.
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