sábado, 31 de dezembro de 2011

O santeiro de Jardim




Ao contrário da arte erudita, a arte popular é uma produção espontânea na qual não há espaço para o regime de produção formal e acadêmico. Quando algum tipo de transmissão de conhecimento existe, ocorre no máximo informalmente, com um mestre artesão que faz o papel de mestre-iniciador.


Na arte popular existe um vasto espaço para a inventividade e para os saberes pessoais e tradicionais. A imaginação é muito mais livre tanto na forma final do trabalho como nos meios que ele inventa para resolver os problemas de como fazê-lo.



Como afirma J. A. Nemer, “há um alto grau de desafio aos cânones tradicionais da atividade plástica” já que esses cânones são conhecidos “senão através de observação superficial”. Assim, a carência de informação aliada a uma curiosidade fértil abre caminho para a criação.


Natural de Jardim do Seridó, cidade do sertão do Rio Grande do Norte, Geicifran Francisco de Assis Azevedo, 23 anos, filho do conhecido sanfoneiro e também artesão "Chico de Manoel de Rita", desde criança já se destacava de seus amigos por fabricar os próprios bonecos feitos de argila de um riacho próximo, os quais depois eram pintados com tinta guaxe.


Contudo, foi a partir do ano de 2003 que Geicifran passou a fazer imagens sacras esculpidas em madeira (umburana), destacando-se por possuir um estilo primitivista, com tendências próprias dentro de um imaginário popular. Em seu atelier o artista exibe esculturas de santos, cenas do cotidiano sertanejo, bandas de músicas e outras representações com a mesma temática, cada qual com sua inspiração, estilo e suporte.


Sobre quantas peças havia feito o mestre artesão, em sua simplicidade, afirmou que “mais de cem e menos de mil”, para completar dizendo que foi em torno de 500 peças, entre imagens sacras, bandas de música, procissões, dança dos negros do Rosário e cenas do cotidiano sertanejo.


O envolvimento com a cultura de sua terra o fez trombonista da Banda de música “Euterpe Jardinense”, e foi exatamente convivendo na sede da banda que o artista teve os primeiros contatos com a arte do mestre santeiro Júlio Cassiano, que fabricava representações de bandas musicais. Outra influência foi o mestre Vitalino, conhecido santeiro pernambucano.


A arte esculpida na madeira, eterniza o mestre, dá à ele vida além da sua vida. Os mestres santeiros que através de suas peças tocam profundamente o espírito dos fiéis são exemplo da vida que se tira da madeira. Geicifran Azevedo é um exemplo potiguar dessa assertiva. A arte popular é a viva expressão da criatividade do nosso povo. Através da sua fantasia o artista reinventa a realidade, estabelecendo íntima relação entre o real e o simbólico.


O jovem mestre artesão Geicifran Azevedo possui atelier na Rua Celso Ferreira de Morais, COHAB, bairro que fica na saída de Jardim do Seridó para Natal. Seu contato é 9914-7652.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Os votos dos príncipes


Recebemos e compartilhamos com os leitores deste blog, os votos de final de ano de Suas Altezas Reais os príncipes Dom Pedro Carlos, Dom Pedro Tiago e Dom Felipe de Orleans e Bragança e Bourbon.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Padre Amorim (*26-05-1928 +04-12-2011)


Irmanados com a Comunidade Católica macaibense, cumprimos o pesaroso dever de informar o falecimento hoje 03-12-2011, na cidade do Natal, do padre José Amorim de Souza – Pe. Amorim.

Nascido em Lajes, no estado do Rio Grande do Norte, em 26 de maio de 1928, pe. Amorim ordenou-se no dia 08 de dezembro de 1956, em Natal/RN. Foi vigário de Macaíba de novembro de 1978 até o ano 2000, quando foi designado vigário Emérito da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição.

Seu velório ocorre na Matriz de Nossa Senhora da Conceição e seu corpo será sepultado no Cemitério Morada da Paz.

requiescit in pace.