quinta-feira, 25 de novembro de 2010
II Encontro de Genealogia do Seridó
sábado, 20 de novembro de 2010
José Bezerra de Araújo Galvão: O patriarca do Seridó
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Os 90 anos de Sua Eminência o Cardeal Sales
Dom Eugênio e o Papa João Paulo II.
Sertão do Seridó – Terra forte e bela. Em seu cerne mineral, o milagre do amor: homens e mulheres, fortes e destemidos. Como os habitantes, seus desbravadores, povoadores primeiros. Dessa gênese, os homens comuns, os letrados, os artistas, os religiosos, legando amor, sabedoria, criatividade, religiosidade. Destes, aquele que de seu coração e de sua alma fez brotar o amor aos homens e ao Cristo, doando-se ao Ministério de Deus.
Homem de Fé: Dom Eugênio nasceu na Fazenda Catuana, em Acari (RN), no dia 8 de novembro de 1920, sendo filho do Dr. Celso Dantas Sales e D. Josefa de Araújo Sales (Téca) e irmão de Dom Heitor de Araújo Sales, Arcebispo Emérito de Natal, Rio Grande do Norte. Foi batizado na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Guia, em Acari, no dia 28 de novembro de 1920. De família muito católica, era bisneto de Cândida Mercês da Conceição, uma das fundadoras do Apostolado da Oração na cidade de Acari.
Menino desta paisagem agressiva do sertão: inteligente, irrequieto, curioso...Sua vida – uma preocupação com a evangelização do povo. Sacerdote, Bispo, Arcebispo, Cardeal a 1º de maio de 1969 (Titular de São Gregório), concedido pelo Papa Paulo VI. Dom Eugênio de Araújo Sales costuma dizer: “eu sou do sertão. Deus me indicou os caminhos do mundo, eu só tinha que obedecer.”
De família muito católica, realizou seus primeiros estudos em Natal, inicialmente em uma escolar particular, depois no Colégio Marista e finalmente ingressou, em 1931, no Seminário Menor. Realizou seus estudos de Filosofia e Teologia no Seminário da Prainha, em Fortaleza, Ceará, no período de 1931 a 1943.
Ordenado bispo ainda muito jovem, aos 33 anos, assumiu como bispo auxiliar de Natal em 1954, e em 1962 tornou-se administrador apostólico dessa mesma arquidiocese. Em 1964 tomou posse como administrador apostólico de Salvador, sendo elevado a arcebispo dessa sede em 1968, tornando-se, assim, primaz do Brasil (isto é, arcebispo da diocese mais antiga do país).
Em 1969, Dom Eugênio Sales foi feito cardeal pelo papa Paulo VI. Em 1971 tornou-se arcebispo do Rio de Janeiro, função em que permaneceu até 2001, quando se aposentou. Desde então é arcebispo emérito. Entre 1972 e 2001 acumulou também a função de bispo dos fiéis de Rito Oriental do Brasil. Foi também membro de 11 congregações na Cúria Romana. Sua vida apostólica foi marcada pela defesa da ortodoxia católica e pela oposição à Teologia da Libertação.
Destacam-se dentre as atividades de Dom Eugênio, a criação do Movimento de Educação de Base e, com ele, as escolas radiofônicas; a criação dos primeiros sindicatos rurais; a defesa de refugiados políticos; a criação de centros de atendimentos aos portadores de AIDS, a criação da pastoral carcerária e a Campanha da Fraternidade que foi realizada pela 1a. vez na Quaresma de 1962 nas três dioceses da Província Eclesiástica do RN: Natal, Mossoró e Caicó.
Intelectualmente ativo, Dom Eugênio mantém colunas nos seguintes jornais: Jornal do Brasil, O Globo, O Dia e Jornal do Comercio. Além de ter publicado os livros A Voz do Pastor; Viver a Fé em um Mundo a Construir.
Dom Eugênio também ficou conhecido por ajudar perseguidos políticos durante o regime militar. Fato interessante narrado por reportagem da revista Veja de 1991, diz que em plena treva do Regime Militar, o grampo do Centro de Investigações do Exercito, o famigerado CIE, capturou um momento de indignação do cardeal. Dom Eugênio se queixava com a sua interlocutora, lamentando que determinado preso político continuava a ser torturado, mesmo depois de promessas de que estava sendo bem tratado.
No dia seguinte, telefona um coronel para dizer a Dom Eugênio que ele estava enganado. A combinação funcionou. O cardeal usou o grampo para saber de uma informação que, apesar do seu trânsito na área militar, não conseguiria de outra maneira.
Esse engajamento incluiu, no período compreendido entre 1976 e 1982, a defesa de refugiados políticos não só do Brasil, mas também dos regimes militares latino-americanos. Dom Eugênio montou, nessa época, uma rede de apoio a esses refugiados, abrigando-os, primeiramente, na sede episcopal (Palácio São Joaquim) e depois em apartamentos alugados com essa finalidade. Contou com apoio da Cáritas brasileira e do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados para financiar essa estadia, até conseguir asilo político a essas pessoas em países europeus.
Numa terra regada pelo sangue dos primeiros mártires da fé, Dom Eugênio atingiu os mais elevados postos na Hierarquia Eclesiástica do Brasil e do Mundo, graças às suas promoções pastorais, ao seu pioneirismo no campo social em natal, Salvador e Rio de Janeiro. É, por todos os títulos um orgulho da terra potiguar.
"De mui boa vontade gastarei o que é meu, e me gastarei a me mesmo, pelas vossas almas, ainda que, amando-vos mais, seja menos amado por vós". (Cor. 12,15).
Ad Multos Annos!!
terça-feira, 9 de novembro de 2010
1º aniversário de falecimento de Sophia Lyra
D. Sophia Lyra nascida no Rio de Janeiro em 11 de novembro de 1903 foi casada com o seu primo Dr. Roberto de Lyra Tavares, renomado jurista brasileiro e com ele teve Sophia Rosa e Roberto Lyra Filho, ambos falecidos sem descendência.
A professora Drª Arisnete Câmara, do Departamento de Educação da UFRN, estudiosa da obra da escritora Sophia Lyra e, desde 27 de outubro passado fundadora da cadeira nº 25 da Academia Macaibense de Letras, cuja patrona é Sophia Lyra, destaca:
“Através de suas memórias, vêm à baila problemas sociais que dizem respeito à convivência entre os sexos, e especificamente ao momento em que a mulher buscava novas conquistas para além da busca da leitora pela leitora através dos jornais. Essas memórias abrem-se em leque de perspectivas para outros trabalhos, outras comparações, outras representações e práticas efetivas de uma história da mulher, decididamente relacional, fortalecendo os elos culturais e históricos de leituras memorialísticas a serem contadas e analisadas, cujos limites ainda são o mar Mediterrâneo e o oceano Atlântico”.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Sobre a pesquisa genealógica
A pesquisa genealógica permite-nos, também, conhecer o que se passou no mundo antes de nós e melhor entender o que ocorre nos dias de hoje, uma vez que a História costuma repetir-se.
Há muitas obras já publicadas no campo da Genealogia, propiciando-nos a sua leitura não só o encontro de parentes e informações preciosas, como também o aumento de nossos conhecimentos sobre os costumes da época de nossos antepassados e sobre os lugares em que viveram. Passamos a entender os motivos por que mudavam de um local para outro, por que razão muitas mulheres morriam com pouca idade, o que levou alguns à perda de grandes fortunas e outros à conquista de expressivo patrimônio, e assim por diante.
A Genealogia é uma das mais belas e úteis ciências, quando cultivada em função da terra e do sangue. A preocupação absorvente da gleba e da Família, do apego ao chão e às tradições domésticas, fecunda as raízes das árvores genealógicas que são áridas e frias, inexpressivas e mudas quando redundam em simples enumeração de ascendentes e descendentes.
Florescem os seus ramos, enfeitam-se de cor e de som, animam-se, enchem-se de vida, esmaltam-se de glória sentida e compreendida, quando investigamos nos alfarrábios e tiramos do pó o espírito dos antepassados, para viver suas existências, comungar suas obras, beber suas lições, impregnar-nos de suas virtudes e do heroísmo de seus martírios.
A consangüinidade, ligando um número relativamente grande de indivíduos, permite ao genealogista a tomada de dados que, reunidos em forma conveniente, podem servir para o estudo analítico de caracteres hereditários importantes, revelando, ao mesmo tempo, o valor de cada um dos antepassados, pela transmissão de aptidões intelectuais, particularidades de temperamento, traços físicos, etc.
Os quadros genealógicos não devem, portanto, ser constituídos unicamente de nomes e de datas. A simples descrição de ascendentes e descendentes torna as árvores genealógicas inexpressivas, áridas e vãs.
A Genealogia moderna, aperfeiçoando seus métodos de pesquisa histórica, ilustra-os com informações detalhadas sobre os fatos principais de cada pessoa, sua carreira, hábitos, traços físicos, atributos intelectuais e outros.
Reunir a vida dessas famílias cuja sombra cobre regiões infinitas é possuir verdadeiramente a explicação social e religiosa do nosso passado.