Antônio Pessoa de Araújo Tavares
Neste tempo, os casamentos não costumavam ser uniões românticas, mas um instrumento fundamental para selar alianças entre famílias, estabelecer associações entre clãs, expandir a rede de laços e influências políticas, econômicas e sociais. os acordos matrimoniais representavam um dos principais pilares da sociedade patriarcal. abrindo caminhos para a consolidação dos consórcios comerciais, associações em empresas e fazendas e acesso a um núcleo social privilegiado.
Com seu habitual pragmatismo, Fabrício Pedroza contratou com Francisco Pessoa de Araújo Tavares, senhor de engenho em Nazaré da Mata, Pernambuco, o casamento de três de suas filhas, com três filhos daquele senhor, cuja esposa era irmã de Ana Maria, consorte de Fabrício, que observou que essa era a melhor maneira de evitar que sua fortuna fosse dividida, no momento em que consolidara seu império.
Desta forma, casaram-se Maria Militina com Francisco Pessoa de Araújo Tavares Filho, Cândida Minervina com Miguel Pessoa de Araújo Tavares e Guilhermina com Antônio Pessoa de Araújo Tavares. Convém destacar, que estes eram irmãos de Feliciano Pereira de Lyra Tavares, pai de Augusto Tavares de Lyra.
A união romântia de Guilhermina e Antônio Tavares foi uma exceção e não uma regra da época. Ela só foi possivel porque Antônio já era um homem de posses, importante e influente e, portanto, não precisava dar satisfações a ninguém. Ele, porém, sabia que o casamento era uma arma vital para assegurar a fortuna familiar.
Guilhermina foi de fato, uma filha de Fabrício Pedroza. Não tardou em ajudar o marido a comprar uma fazenda, se desfazendo, para isso, de suas jóias para então tornar-se sócia de Antônio. Guilhermina passa a tratar a fazenda como um negócio, um empreendimento que precisava ser administrado por um espírito enérgio e pulsante como o dela. Gostava muito de ler. Falava bem frânces e um pouo de inglês, mas lia nas duas línguas. Era muito culta, ao contrário do seu marido, que só pensava nas terras e não se preocupava com os refinamentos da civilização e da cultura.
Antônio admirava a vitalidade e a compenetração de Guilhermina com os aspectos administrativos das propriedades e do lar. Ela não era apenas esposa, mas sua companheira e sócia. Desde cedo, ela gostara de impor a sua marca, o seu jeito e a sua personalidade em tudo que fazia.
Guilhermina faleceu muito jovem de parto, deixando, pelo que pude apurar até o presente, dois filhos. Esse fato prejudicou a saúde mental de Anônio Tavares, que faleceu louco em sua casa de Macaíba, incomformado. Os filhos Francisco e Maria foram entregues aos padrinhos, e se viram pobres devido o descaso na administração de suas terras.
A memória infantil me faz recordar do retrato patriarcal do major Antônio Tavares, segurando um monóculo, posto em um quarto/depósito na residência de minha tia avó, em Macaíba. Na pintura, observava-se a assinatura de Jean Bindsel, artista francês que excursionou pelo Rio Grande do Norte pintando a aristocracia açucareira e comercial.
Maria da Silva Tavares, filha de Guilhermina e Antônio, casou com o primo José Antônio de Lyra Tavares na praxe endogâmica da época. Ele filho de Feliciano Pereira de Lyra Tavares com sua primeira esposa e sobrinha Maria da Silva, filha de seu irmão José Pessoa de Araújo Tavares.
Dentre os 32 filhos de Fabrício Gomes Pedroza (*1809 +1872), Fundador de Macaíba e da Casa Fabrício & Cia., em Guarapes, apontaremos a descendência da quarta filha do primeiro matrimônio - Guilhermina da Silva Pedroza, cuja mãe foi d. Ana Maria da Silva e Vasconcelos.
Nascida na cidade de Areia, no Estado da Paraíba, D. Guilhermina seguiu com sua família para a nova residência no engenho Jundiaí, onde transcorreu sua infância sem maiores preocupações. Homem de vanguarda, Fabrício Pedroza custeou os estudos de Guilhermina e duas irmãs, Maria Terceira e Militina, na França, com estágios na Inglaterra e na Suiça, onde estudavam os manos Francisco e Fabrício II. Após alguns anos, retorna para Guarapes, onde o pai se estabelecera como importante comerciante.
Neste tempo, os casamentos não costumavam ser uniões românticas, mas um instrumento fundamental para selar alianças entre famílias, estabelecer associações entre clãs, expandir a rede de laços e influências políticas, econômicas e sociais. os acordos matrimoniais representavam um dos principais pilares da sociedade patriarcal. abrindo caminhos para a consolidação dos consórcios comerciais, associações em empresas e fazendas e acesso a um núcleo social privilegiado.
Com seu habitual pragmatismo, Fabrício Pedroza contratou com Francisco Pessoa de Araújo Tavares, senhor de engenho em Nazaré da Mata, Pernambuco, o casamento de três de suas filhas, com três filhos daquele senhor, cuja esposa era irmã de Ana Maria, consorte de Fabrício, que observou que essa era a melhor maneira de evitar que sua fortuna fosse dividida, no momento em que consolidara seu império.
Desta forma, casaram-se Maria Militina com Francisco Pessoa de Araújo Tavares Filho, Cândida Minervina com Miguel Pessoa de Araújo Tavares e Guilhermina com Antônio Pessoa de Araújo Tavares. Convém destacar, que estes eram irmãos de Feliciano Pereira de Lyra Tavares, pai de Augusto Tavares de Lyra.
A união romântia de Guilhermina e Antônio Tavares foi uma exceção e não uma regra da época. Ela só foi possivel porque Antônio já era um homem de posses, importante e influente e, portanto, não precisava dar satisfações a ninguém. Ele, porém, sabia que o casamento era uma arma vital para assegurar a fortuna familiar.
Guilhermina foi de fato, uma filha de Fabrício Pedroza. Não tardou em ajudar o marido a comprar uma fazenda, se desfazendo, para isso, de suas jóias para então tornar-se sócia de Antônio. Guilhermina passa a tratar a fazenda como um negócio, um empreendimento que precisava ser administrado por um espírito enérgio e pulsante como o dela. Gostava muito de ler. Falava bem frânces e um pouo de inglês, mas lia nas duas línguas. Era muito culta, ao contrário do seu marido, que só pensava nas terras e não se preocupava com os refinamentos da civilização e da cultura.
Antônio admirava a vitalidade e a compenetração de Guilhermina com os aspectos administrativos das propriedades e do lar. Ela não era apenas esposa, mas sua companheira e sócia. Desde cedo, ela gostara de impor a sua marca, o seu jeito e a sua personalidade em tudo que fazia.
Guilhermina faleceu muito jovem de parto, deixando, pelo que pude apurar até o presente, dois filhos. Esse fato prejudicou a saúde mental de Anônio Tavares, que faleceu louco em sua casa de Macaíba, incomformado. Os filhos Francisco e Maria foram entregues aos padrinhos, e se viram pobres devido o descaso na administração de suas terras.
A memória infantil me faz recordar do retrato patriarcal do major Antônio Tavares, segurando um monóculo, posto em um quarto/depósito na residência de minha tia avó, em Macaíba. Na pintura, observava-se a assinatura de Jean Bindsel, artista francês que excursionou pelo Rio Grande do Norte pintando a aristocracia açucareira e comercial.
Maria da Silva Tavares, filha de Guilhermina e Antônio, casou com o primo José Antônio de Lyra Tavares na praxe endogâmica da época. Ele filho de Feliciano Pereira de Lyra Tavares com sua primeira esposa e sobrinha Maria da Silva, filha de seu irmão José Pessoa de Araújo Tavares.
Foram filhos do casal Maria e Antônio Tavares:
F1 Cândida Tavares, faleceu criança;
F2 Francisco Tavares, casado;
F3 Ana Tavares (tia nana) casada com Maurício Dantas;
F4 Leonel Tavares, casado;
F5 Porcina Tavares casada com Francisco Ferreira da Silva, filho de Pedro Ferreira da Silva e Benedicta Maria da Conceição de Albuquerque Maranhão;
F6 Anália Tavares casada com João Confessor;
F7 Maura Tavares casada com Cicero de Queiroz Dantas;
F8 Maria Joana Tavares (solteira);
F9 João Paulo Tavares casado com Adelaide Nunes Tavares;
F10 Júlio Tavares casado com Arminda Tavares;
F11 Silvino Tavares (meu bisavô materno) casado com Sebastiana Ferreira da Silva, filha de Pedro Ferreira da Silva e Benedicta Maria da Conceição de Albuquerque Maranhão.