quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A Genealogia Genética

Cada ser humano tem dois pais, quatro avós, oito bisavós, 16 trisavós, 32 tetravós etc. O número de antepassados cresce exponencialmente, de maneira muito rápida.


A genética é mais uma ferramenta que busca resgatar a História. Um esforço bastante parecido ao que é feito pela Arqueologia, mas com uma diferença: a arqueologia pode revelar o passado de povos desaparecidos, e a genética, geralmente, só conta a história de povos que deixaram descendentes hoje.


Uma parte considerável da pesquisa dos geneticistas históricos é desenvolvida com auxílio da pesquisa bibliográfica da obra de historiadores como Darcy Ribeiro, Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda. A interdisciplinaridade é muito importante e, se faz notar com ênfase fora do Brasil.


No Brasil, ocorre desconhecimento e uma certa desconfiança sobre a aplicação da genética na pesquisa histórica. Ora um teste de DNA, que todos reconhecem seu potencial e aplicação, nada mais é do que uma pesquisa histórica recente envolvendo duas gerações. Utiliza-se metodologias e análises parecidas com o DNA para inferir genealogias nas últimas 5 mil gerações – cerca de 100 mil anos – da história da humanidade.


A metodologia empregada pela genealogia genética é o estudo das variações existentes no DNA dos cromossomos das células de cada pessoa. Por exemplo, um individuo pode ter um pedaço especifico do DNA com uma sequencia de letras ACCGT, e outra pessoa, neste mesmo pedaço, a sequencia é um pouco diferente: ATCGT. São analisados inúmeros pedaços de DNA com estas diferencias.


É a técnica de estudo de populações usando “polimorfismos” (variações) de DNA. A genética de populações leva em conta as variações presentes em cada população e como estas se relacionam umas com as outras, através de fatores evolutivos e históricos como ancestralidade comum, migrações e expansões demográficas.

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