sábado, 30 de outubro de 2010
Membros da Academia Macaibense de Letras
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Maria Alice Fernandes
Casou-se aos 14 anos com Francisco Fernandes Costa, segundo ela o pai da Odontologia no Rio Grande do Norte, e com ele teve apenas um filho, Ferdinando Fernandes Costa, que considerava "um filho excelente". Teve o filho aos 15 anos. É a única obstetriz do Rio Grande do Norte formada pela USP, onde defendeu tese de doutorado. Veio para o Estado e aqui realizou 13.987 partos.
Aluna brilhante, desde o curso primário em Macaíba, onde nasceu, o ginásio na Escola do Comércio e conclusão em Recife. Lá concluiu também o curso Científico. Fez um curso de obstetriz, em São Paulo, e ganhou uma bolsa para a Suíça. Passou quatro meses em Zurique. Retornou ao País e veio trabalhar aqui no seu Rio Grande do Norte.
Aposentou-se e continuou seu trabalho como fundadora da Liga Norte-rio-grandense contra o Câncer. Mantenedora do Hospital Luiz Antônio. Maria Alice ou Maralice, para os amigos, falava com fluência lembrando a menina desinibida oradora de turmas por onde passou.
“Eu não gosto de falar sobre mim. Prefiro falar do Hospital Luiz Antônio”., onde Maria Alice Fernandes é nome de uma sala de cirurgia colocado a sua revelia. Empreendeu inúmeros bingos, festas e promoções em prol do hospital. Desde a ampliação das salas de cirurgias, à aquisição do acelerador Linear adquirido através de uma campanha em todo o Estado. Na época, o governador José Agripino lançou um desafio a Maria Alice, caso ela conseguisse a metade do dinheiro do acelerador, o Estado entraria com a outra metade. Maria Alice conseguiu e o aparelho foi comprado nos EUA por US$ 600 mil dólares.
Nas entrevistas que concedeu, Maria Alice Fernandes falava do hospital Luiz Antônio com entusiasmo. Chegando mesmo às lagrimas. Lamentava o isolamento do doente pobre que após uma quimioterapia recebe dez dias de licença para passar em casa com a família e ninguém vem buscá-lo. Maria Alice colocava o doente no carro e ia deixá-lo em casa, onde faz uma preleção para sua família, onde afirmava que o doente precisa do apoio de todos. Principalmente dos seus familiares. Ajuda na recuperação.
Maria Alice Fernandes fez diversas viagens pela Europa e EUA, de onde trazia pratos oriundos de cada país visitado para compor uma coleção variada. Foi diretora do Lions Clube Leste, onde conseguiu chamar a atenção deste clube de serviços para diversos melhoramentos no hospital Luiz Antônio. Pertencia ainda a Sociedade Amigos da Marinha – Soamar – fundadora da Liga Norte-riograndense contra o câncer e da Rede Feminina Contra o câncer.
Morou algum tempo nos EUA, onde fez um curso de inglês como sua segunda língua. Foi professora deste idioma na Sociedade Brasil-Estados Unidos e na Escola Doméstica de Natal, onde introduziu o inglês no primário, lecionando gratuitamente para as crianças.
Apesar de uma vida agitada, Maria Alice guardava tempo para a poesia, seu poeta era Carlos Drumond de Andrade, já os autores prediletos foram Machado de Assis, Malba Tahan, Raquel de Queiroz, Lin Yutang e Gilbran Kalil Gilbran.
Assim foi Maria Alice Fernandes, um verdadeiro anjo da guarda do Hospital Luiz Antônio, juntamente com 40 voluntários ajuda nessa tarefa diária de manter o hospital e amenizar a dor do próximo. Sobre o que ela afirmava: “aliviar o sofrimento do próximo me dá uma imensa paz interior. E como compensação Deus tem sido muito generoso comigo”.
Faleceu no Rio de Janeiro em 16 de fevereiro de 1990, sendo o seu corpo transladado num avião cedido pelo Estado do RN para ser sepultado em Natal.
Todo o seu empenho pela saúde fez com que o governo do Rio Grande do Norte, em 1999, nomeasse o mais novo hospital pediátrico de Maria Alice Fernandes. Com a fundação da Academia Macaibense de Letras, em setembro de 2010, Maria Alice foi escolhida patrona da cadeira nº 23, cujo fundador é o odontólogo e escritor Héverton Duarte.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
João Alves de Melo
Iniciou seus estudos na cidade de São José com o prof. João Militão. Entrou, depois, no Colégio Santo Antonio (Marista), sendo seu professor Clodoaldo de Goes. Continuou seus estudos com o prof. Zuza, em Natal. Convidado pelo Sr. João de Miranda Galvão, fotógrafo muito comentado na sociedade natalense, João Alves aprendeu todos os segredos de fotografar, instalando seu atelier na travessa Quintino Bocaiúva, na Ribeira, passando depois para a Dr. Barata onde João Alves mantinha uma exposição permanente de fotos antigas e inéditas de Natal e que nos últimos anos servia de ponto de encontro entre intlectuais potiguares.
Além da cidade do Natal como paisagem natural, o fotógrafo documentou a história do Estado, fotografando os grandes acontecimentos, tais como a visita de Eva Perón, do Rei Faissal da Jordânia, do ator americano Tyrone Power; bem como a instalção da Assembleia Constituinte do RN.
Era sócio efetivo da Associação Brasileira de Imprensa, ABI - Rio de Janeiro, desde 1939. Sócio fundador da Associação norte-rio-grandense de Imprensa com os companheiros João Medeiros Filho, Dioclécio Duarte, Luís da Câmara Cascudo, Otto Guerra e Aderbal de França. Membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte.
Publicou vários trabalhos de pesquisa, em revistas como "A Cigarra" e "Bando". De sua, autoria são os livros: "Natureza e História do Rio Grande do Norte" – 1º volume, em 1969, e "Boi Calemba" (Folclore), lançado em 1976. Ainda inédito há um documentário em dois volumes sobre a segunda guerra mundial.
Faleceu João Alves de MeIo em 7 de outubro de 1980, já viúvo, deixando os seguintes filhos: Lêda, Bueno, Wellington, Gioconda, Frederico, Edmundo e Luiz. Na época de seu falecimento o seu filho Edmundo Melo afirmou: "a fotografia era para ele a prórpia vida. Nunca deixou de fotografar, apesar da doença e de já trêmulo".
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
O primeiro casamento civil da Macaíba
Em Macaíba, assim como em diversas partes do Brasil, muitas pessoas insurgiram-se contra a nova lei. Para elas, continuava em voga as certidões religiosas – como batistério e demais documentos. O Cel. Feliciano de Lyra Tavares foi perseguido pelo vigário de Macaíba por ter celebrado o primeiro casamento civil de São Gonçalo do Amarante onde era Juiz de Paz. A ira do padre foi tanta que acabou por excomungar Feliciano de Lyra Tavares, negando-lhe assento em sua própria tribuna de honra na matriz local.
Recorrendo aos arquivos do cartório local, encontrei o registro do primeiro casamento civil registrado em Macaíba. Do documento consta a união de João Paulino Damasceno Cunha e Emília Benvinda Barbosa Tinôco, a noiva era de família há muitos anos radicada em Macaíba. Foram testemunhas o comendador Umbelino de Mello e o major Afonso Saraiva, gente de prol e mando no pequeno universo local. Segue a certidão copiada Ipsis litteris.
Aos vinte e um dias do mês de fevereiro de mil oito centos e oitenta e nove, nesta Villa Districto de Paz da Paróchia de Nossa Senhora da Conceição da Macahyba, Província do Rio Grande do Norte, comparecerão no meo cartório João Paulino Damasceno Cunha e Emília Benvinda Barbosa Tinôco: elle de trinta e seis annos, natural da Villa de Papary e residente nesta Villa da Macahyba onde exerce a profissão de caixeiro, filho legitimo de Felizardo Francisco da Cunha, já fallecido e de Felisarda Conceição natural de Papary e residente em Ceará-Mirim, e a nubente com idade de vinte annos, natural da cidade do Natal e residente nesta Villa, sendo filha legitima de Aleixo Barbosa da Fonseca Tinôco, natural da cidade do Natal e Benvinda Francelina Barbosa Tinôco natural da cidade de São José, e moradora na cidade do Natal onde falleceu.
Exhibindo de (...) parocho d’esta matris José Paulino de Andrade, em dacta – digo data de vinte e um de janeiro do corrente anno, perante as testemunhas abaixo mencionadas e assignadas – que no dia desenove de janeiro do corrente anno, as sette horas da tarde, forão recebidos em matrimonio na matriz desta Villa com a assistência do referido parocho da mesma por concentimento do pae da noiva, por esta ser menor de idade, observando todas as formalidades dos casamentos feitos no Brasil, e forão testemunhas o comendador Umbelino Freire de Gouveia Mello, casado, com a idade de quarenta e cinco annos, commerciante, natural da Província da Parahyba do Norte e morador nesta Villa, e o major Affonso Saraiva de Maranhan, casado, idade de trinta e seis annos, commerciante, natural da província de Alagoas e morador nesta mesma Villa. Do que para constar, lavrei este assento em que comigo assignarão os declarantes e as testemunhas já mencionadas, aos quais foi lido o presente assento e acharão conforme. EU Belarmino Pinto de Oliveira e Castro, Escrivão de Paz o escrevi.
Belarmino Pinto de Oliveira e Castro
João Paulino Damasceno Cunha
Emília Benvinda Barbosa Tinôco
terça-feira, 5 de outubro de 2010
CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
O escritor JANSEN LEIROS FERREIRA, na condição de Presidente Provisório da Academia Macaibense de Letras – A.M.L., criada na Assembleia Especial realizada no dia 12 de setembro passado, no Solar Caxangá em Macaíba, CONVOCA os Acadêmicos que compõem a novel Instituição Cultural para comparecerem à Assembléia Geral Extraordinária, para atenderem à seguinte pauta:
Data: dia 09 de outubro de 2010;
Horário: 9:00 (nove) horas, em primeira convocação com 13 (treze) Acadêmicos e, em segunda convocação às 9,30 (nove e trinta) horas, com qualquer número acima de 8 (oito) Acadêmicos;
Local: auditório do Instituto de Radiologia de Natal – Natal – RN;
Pauta:
a) criação de novas cadeiras e escolha de novos acadêmicos;
b) re-ratificação do Estatuto da Academia, com as alterações aprovadas;
c) entrega dos “pelerines” aos acadêmicos;
d) outros assuntos correlatos.