segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Coronel Felipe Ferreira da Silva, história e genealogia

Coronel Felipe Ferreira da Silva *1843 +1935. 

Transcorridos oitenta e um anos do falecimento de Felipe Ferreira da Silva, ele seria somente uma lembrança na memória dos seus familiares e de alguns moradores antigos das cidades de São José de Mipibú, Canguaretama e Arez, onde residiu, se não fosse uma Acta Diurna e conversas evocativas que o escritor Luís da Câmara Cascudo teve com ele, em visitas ao engenho Mangabeira, na cidade de Arez, colheu elementos que enriqueceram seus livros História da Alimentação do Brasil e Sociologia do Açúcar, onde Felipe Ferreira ressurge como informante.

Grande parte da memória de Felipe Ferreira da Silva desapareceu. Nem mesmo seu túmulo resistiu. Sua última residência – a casa grande do engenho Mangabeira encontra-se arruinada pelas mãos de uns poucos desavisados da memória histórica e cultural do nosso estado.

Felipe Ferreira da Silva nasceu numa sexta-feira, 25 de julho de 1843, dia de muita chuva, como relatou a Cascudo, na cidade de São José de Mipibú, Rio Grande do Norte. Era filho de Bernardo Ferreira da Silva, português da cidade de Ridinha, Bispado de Coimbra e de Delfina Francisca Barbosa.

Eis o assentamento de nascimento de Felipe Ferreira:

Aos 21 de setembro de 1843, na Matriz da Gloriosa Senhora Santa Ana, batizei e pus os santos óleos ao parvolo FELIPE, branco, nascido aos vinte e cinco de julho deste ano, filho natural de Bernardo Ferreira da Silva (...) por ser viúvo e de Delfina Francisca Barbosa, solteira. Foram padrinhos o capitão João Duarte da Silva e sua mulher D. Joana Filgueira dos Prazeres, moradores nesta mesma freguesia, de que para constar fiz este assento que assino. Vigário Gregório Ferreira Lustoza.(Livro de batismos da Paróquia de Santana e São Joaquim, de São José de Mipibú, de 1841-1843).

Foram seus irmãos: Maria da Glória Soares de Almeida casada com Eduardo de Torres Palhano; e Josefa Generosa Ferreira da Silva casada com Hermilo Fernando Fernandes de Lima.

Por via paterna, Felipe Ferreira da Silva teve os seguintes irmãos, filhos de seu pai e de Joana Guedes de Menezes: Geracina Ferreira da Silva casada com Estevão José Dantas Júnior; João Ferreira da Silva, casado com Maria Generosa da Silva; Bernardina Ferreira da Silva casada com Francisco Basílio Ribeiro Dantas; Antônio Bernardo Ferreira da Silva casado com Otília Olympia da Silva Galvão e a segunda vez com Genuína Adelina de Araújo Pinheiro; Pedro Ferreira, falecido criança; Maria Ferreira da Piedade casada com José Joaquim de Carvalho; Bernardo Ferreira da Silva Filho, solteiro; Vicente Ferreira da Silva casado com Josefa Generosa Leitão; Joaquina Ferreira de Andrade casada com Antônio Marçal de Andrade e o Dr. Paulino Ferreira da Silva casado com Maria Francisca Pardilha.



A meninice de Felipe Ferreira transcorreu pelos engenhos de seu pai, espalhados pelo vale do Capió. O Pai, fiel às tradições, fê-lo estudar latim com o padre Joaquim Severiano Ribeiro Dantas. Até morrer, Felipe Ferreira sabia regras da artinha do padre Pereira, provérbios, versos de Virgílio, Horácio e trechos de Tito Lívio. Adolescente, foi enviado a Fortaleza onde foi seminarista e amigo de turma de Cícero Romão Batista, o famoso padre Cícero do Juazeiro.

Sempre fora homem do campo, amando a terra, desejando seu domínio sempre vasto, conhecendo-a pelo toque das mãos, vista dos olhos, calcar de pé. Tinha terras em Papari, Arez, São José de Mipibú, Santa Cruz, Penha, Goianinha, Nova Cruz e Santo Antônio. Dentro de suas propriedades nasciam rios, subiam serras, cresciam florestas, corriam veados, roncavam onças, pintalgadas e velozes.

Parte de suas propriedades foram herdadas, a exemplo do engenho Sapé. Outras foram sendo gradativamente adquiridas, depois de muitos anos de um trabalho sério no campo. Foi o caso, por exemplo, do engenho Lagoa do Fumo que pertenceu ao Barão de Mipibú, cujo filho único homônimo do pai Miguel Ribeiro Dantas o vendeu a Felipe Ferreira que doou ao filho Pedro Ferreira da Silva que deixou para o filho Júlio Ferreira. Encerrou a produção em 1963, já sob os cuidados de Murilo Ferreira.

Casou em primeiras núpcias com a sua sobrinha Joana Olímpia Ferreira da Silva,  filha de Antônio Marçal de Andrade e Joaquina Ferreira da Silva, falecida em 1878, e com ela teve 6 filhos: 

F.1 Maria Hermelinda Ferreira casada com Manoel Gomes;

F.2 Bernardo Ferreira da Silva, solteiro;

F.3 Amélia Olímpia Ferreira da Silva casada com Lindolfo Torres Galvão;

F.4 Pedro Ferreira da Silva (meu trisavô materno), que deixou descendência de Ana Aldezira, Maria Manoela e Benedita Maria da Conceição de A. Maranhão;

F.5 Amália Adélia Ferreira de Souza casada com Ezequiel Mergelino de Souza;

F.6 Joana Olímpia Ferreira Galvão casada com Pedro Galvão.

Felipe Ferreira casou em segundas núpcias com Joana Camila Martins, filha de Gervásio de Gouveia Martins e Maria Manoela, e com ela teve os seguintes filhos: 

F.7 Elísia Ferreira da Silva (Iaiá), solteira;

F.8 Beliza Ferreira de Carvalho casada com Antônio Clímaco de Carvalho;

F.9 João Hélio Ferreira da Silva casado com Maria Aparecida de Carvalho;

F.10 Antônio Felipe Ferreira da Silva casado em primeiras núpcias com Laura Sausmikat e a segunda vez com Abigail Cavalcante;
 F.11 Júlia Ester Ferreira Cortez casada com Ezequias Pegado de Castro Cortez;

F.12 José Augusto Ferreira da Silva casado a primeira vez com Alice Fonseca e a segunda com Maria Helena Lins;

F.13 Maria Emerentina Ferreira da Silva, solteira.

Felipe Ferreira foi membro da Guarda Nacional, da Comarca de São José de Mipibú. Reformou-se no posto de Tenente Coronel Comandante Superior. Era mais acatado pelo espírito conciliador do que pela patente.

Felipe Ferreira embora pertencente a uma família que possuía escravos, adere desde muito cedo aos ideais abolicionistas. Ele mesmo tornou livres e sem condições aos seus escravos ainda em 1887. Câmara Cascudo informa que Felipe Ferreira manteve até a morte seus velhos amigos da bagaceira, ex escravos.

Alguns, perdidos pelo mundo, procuraram Mangabeira nos derradeiros anos, para sossegar e morrer sem fome e assistidos com caridade. Fui seu advogado muitos anos, e instruiu-me do poder sinuoso e temível da bagaceira onde tinha amigos que lhe tomavam a benção matinal. (CASCUDO, 1971, p. 110).

Em 27 de janeiro de 1889, ao meio dia ocorreu a primeira reunião do Partido Republicano no Rio Grande do Norte, em casa de João Avelino Pereira de Vasconcelos que localizava-se no bairro da Ribeira, em Natal. Dessa reunião histórica foi lavrada uma ata onde consta a assinatura de Felipe Ferreira da Silva, então aos 44 anos de idade e solidário com o ideário republicano.

Como juiz municipal de Canguaretama, em 24 de maio de 1890 Felipe Ferreira da Silva integrou uma comissão composta por Fabrício Maranhão, Olímpio Tavares, José Alexandre Garcia e Thomaz Ladim, que instalou solenemente o município de Vila Nova de Cuitezeiras, atual Pedro Velho.

No jornal Rio Grande do Norte, de 14 de outubro de 1892, fala da eleição dos novos juízes, escrivães, irmãos de mesa, tesoureiro e procuradores que tem que festejar a Santíssima Virgem do Rosário no ano de 1893. Entre os eleitos encontra-se Felipe Ferreira para o cargo de irmão de mesa. Eleição feita pelo padre João Maria no consistório da Igreja do Rosário em 01-10-1892.

Nomeado Juiz Distrital de Arez no triênio de 1905-1907 juntamente com Antônio Teixeira de Medeiros e Avelino Teófilo Pegado Cortez.

Presidente da Intendência da cidade de Arez no triênio 1917-19, quando era governador do Rio Grande do Norte Joaquim Ferreira Chaves.

Em 03 de agosto de 1910, foi feita uma inspeção agrícola na cidade de Arez onde foi observado que naquele ano dos 115 engenhos de Cana de Açúcar, só restavam cinco, um dos quais a vapor, pertencente ao coronel Felipe Ferreira cuja safra era calculada em 2.000 sacas. A produção era transportada via a ferrovia da Great Western e cobrava por 10 kilos de algodão 82, réis, de açúcar, 64 réis e de cereais, 40 réis.

O jornal O Liberal de março de 1880, cita entre os doadores de terras para o leito da ferrovia Natal – Nova Cruz, o coronel Felipe Ferreira da Silva. A parte de terra doada por ele fica exatamente ao lado de seu engenho Baldum, depois pertencente ao seu filho Antônio Felipe.

Dono de engenho de açúcar e de uma dezena de fazendas, madrugador de quatro horas, com os primeiros galos de campina, Felipe Ferreira amava todos os detalhes de sua profissão, satisfeito em faze-Ia reviver rica de episódios curiosos.

Felipe Ferreira recebeu de seu primo Afonso de A. Maranhão Arco-Verde a famosa carabina "meio berro", que pertenceu a Simplício Cobra Verde, capataz do brigadeiro Dendé Arco-Verde. Felipe doou a Cascudo que por sua vez doou ao Instituto Histórico.

Felipe Ferreira recebe amigos e autoridades no aniversário de 90 anos em seu engenho Mangabeira.

A casa grande mais ou menos no mesmo ângulo. 


Somente Câmara Cascudo para deixar a posteridade uma página bucólica que retrata o espírito brejeiro do coronel Felipe:

Amigo de pássaros, não os guardava encarcerados em gaiolas, como ninguém ousava armar um alçapão nem estalar a baladeira nas terras de Mangabeira, todo derredor era uma orquestração fremente de aves soltas, delirantes de sonoridade. Da altíssima árvore, à direita da porteira, pendiam centos de ninhos de xexéus, ninhos que pareciam saquinhos de queijo de Brie. E, nas tardes macias, toda a mata vibrava embriagada de sons e de musicalidades cristalinas. Felipe Ferreira dizia que os xexéus de Mangabeira sabiam o latim.

O coronel Felipe Ferreira da Silva tinha 92 anos, quando faleceu em seu engenho Mangabeira, cercado por suas filhas Iaiá e Emerentina, solteiras e que residiam com ele e por alguns auxiliares de longas datas. Recorro, mais uma vez, a Câmara Cascudo, para fazer uso de suas palavras ao encerrar o presente artigo:

Com ele desapareceu um verdadeiro dinasta, o homem povoador, glorioso na perpetuação da raça, incontável, enorme, prolífero, cristão. A todos se estendia o amor do patriarca, sentindo as cólicas de um bisneto e as batalhas financeiras dum filho. Imensa oiticica dava agasalho e fruto, sombra e carinho, aos homens de todas as caravanas. Por isso seu nome ficou no sangue de cem famílias e no coração daqueles que viram e privaram com um dos últimos Varões de Plutarco.

Foi sepultado no cemitério público de São José de Mipibú. Na cidade de Canguaretama existe uma escola com o seu nome. E nas cidades de Arez e São José de Campestre existem ruas no centro da cidade leva seu nome. 

Após o seu falecimento a propriedade Mangabeira foi inventariada e repartida entre as filhas Iaiá, Emerentina, Amália Galvão casada com Lindolfo Galvão e o filho de criação Moacir Furtado. Nos anos 40, os herdeiros venderam a propriedade a Arthur de Menezes Marinho (Arthur Taxo), que nos anos 50 o repassou ao industrial Nilton Pessoa de Paula casado com Maria Neusa Sausmikat Ferreira, neta de Felipe. Após a morte de Maria da Glória de Paula e de seu filho Nilton de Paula, a propriedade foi novamente inventariada e dividida entre os herdeiros que a repassaram ao grupo Tavares de Melo, de Pernambuco. A casa grande encontra-se em ruínas.


O casarão nos anos 2000. Acervo de Mariceli Macedo.


Diante do que resta da casa grande. Foto de Carlos Alberto Ferreira da Silva.


Genealogias de Felipe Ferreira da Silva e suas esposas. Descendentes da Casa Hereditária de Cunhaú.

Minha bisavó materna Sebastiana Ferreira da Silva, neta de Felipe Ferreira da Silva.



Durante muitos anos, especulou-se dentro dos serões familiares, que as duas esposas de Felipe Ferreira da Silva, senhor do engenho Mangabeira, em Arez, Joana Olímpia e Joana Camila, eram membros da família Albuquerque Maranhão de Cunhaú. Contudo, ninguém sabia indicar como se dava essa ligação. Depois pesquisas empreendidas através dos registros de casamentos, óbitos e antigos inventários, que passou por diversos recomeços, concluímos que, na verdade, os três: Felipe, Joana Olímpia e Joana Camila eram descendes diretos da antiga Casa Hereditária de Cunhaú. A presente assertiva assim se explica:

No processo de inventário dos bens deixados por Afonso Guedes Alcoforado, na cidade de Goianinha, o senhor Pedro Barbosa Cordeiro Filho aparece como cunhado do de cujos, assim, pode-se concluir que o Pedro Barbosa Cordeiro Filho era irmão de Josefa Barbosa Leitão que foi a primeira esposa de Afonso Guedes Alcoforado. Ambos eram filhos de Pedro Barbosa Cordeiro e de Josefa Luiza de Albuquerque Maranhão, que, por sua vez, era filha de Gaspar de Albuquerque Maranhão, Senhor Hereditário do Engenho Cunhaú.

Já no inventário do capitão Bernardo Guedes da Fonseca, quando se refere a sogra deste, o tabelião destaca Josefa Barbosa Cordeiro ao invés de Leitão, o que ratifica ainda mais a ligação de Josefa com a família Maranhão, tendo em vista que apresenta o nome de solteira de Josefa.

Assim, o coronel Felipe Ferreira da Silva, e as suas duas esposas Joana Olímpia Ferreira da Silva e Joana Camila Ferreira da Silva eram descendentes em linha reta de Jerônimo de Albuquerque Maranhão, de tão grata memória para a história do Brasil e do Rio Grande do Norte em especial, assim como segue:

Árvore genealógica resumida de Felipe Ferreira da Silva


Gaspar de Albuquerque Maranhão c.c. Luíza Vieira Sá
I
Josefa Luíza de Albuquerque Maranhão c.c. Pedro Barbosa Cordeiro
I
Josefa Barbosa Leitão c.c. Afonso Guedes Alcoforado
I
Josefa Francisca Barbosa c.c. Bernardo Guedes da Fonseca
I
Delfina Francisca Barbosa com Bernardo Ferreira da Silva (Português)
I
Felipe Ferreira da Silva 




Árvore genealógica resumida de Joana Olímpia Ferreira da Silva

Gaspar de Albuquerque Maranhão c.c. Luiza Vieira Sá
I
Josefa Luiza de Albuquerque Maranhão c.c. Pedro Barbosa Cordeiro
I
Josefa Barbosa Leitão c.c. Afonso Guedes Alcoforado
I
Josefa Francisca Barbosa c.c. Bernardo Guedes da Fonseca
I
Joana Guedes de Menezes casada com Bernardo Ferreira da Silva (Português)
I
Joaquina Ferreira da Silva Andrade c.c. Antônio Marçal de Andrade
I
Joana Olímpia Ferreira da Silva 


Árvore genealógica de Joana Camila Ferreira da Silva

Gaspar de Albuquerque Maranhão, Senhor Hereditário da Casa de Cunhaú, casado com Luzia Vieira de Sá
I
Luís de Albuquerque Maranhão, senhor do engenho Belém, em São José de Mipibú/RN, casou-se com Joana Francisca Tereza do Espírito Santo
I
João de Albuquerque Maranhão, senhor do engenho Santo Antônio, em Recife/PE, casado com Antônia Joaquina de Albuquerque Maranhão
I
Luiz de Albuquerque Maranhão e de Antônia de Torres Palhano
I
Maria Manoela de Albuquerque Maranhão e Gervásio Guilherme Martins
I
Joana Camila Ferreira da Silva


O coronel da Guarda Nacional Felipe Ferreira da Silva foi casado a primeira vez com Joana Olímpia Ferreira da Silva, sua sobrinha e filha do casal Antônio Marçal de Andrade e de Joaquina Ferreira de Andrade (irmã de Felipe Ferreira). E a segunda vez com Joana Camila de Gouveia Martins, filha do casal Gervásio Guilherme Martins e Maria Manoela de Albuquerque Maranhão.

A dispensa de parentesco por afinidade no 4º grau atingente ao 3º grau de consanguinidade entre Joana Olímpia Ferreira da Silva e Joana Camila, respectivamente 1ª esposa e 2ª esposa de Felipe Ferreira da Silva acontece pela seguinte razão:

Joana Olímpia era filha de Joaquina Ferreira de Andrade, neta materna de Joana Guedes de Menezes, bisneta materna de Josefa Francisca Barbosa e trineta materna de Afonso Guedes Alcoforado e da 1ª esposa Josefa Barbosa Leitão.

Joana Camila era filha de Maria Manoela de Albuquerque Maranhão, neta materna de Antônia de Torres Palhano Filha e bisneta materna de Afonso Guedes Alcoforado e da 2ª esposa Antônia de Torres Palhano. Neta materna de Luiz de Albuquerque Maranhão e de Antônia de Torres Palhano, esta filha de Afonso Guedes Alcoforado e da 2ª esposa Antônia de Torres Palhano, esta filha de Antônio Gomes Torres e de Maria de Souza Palhano.

Parentesco entre Joana Olímpia e Joana Camila: Josefa Francisca Barbosa (bisavó materna de Joana Olímpia) era meia-irmã de Antônia de Torres Palhano Filha (avó materna de Joana Camila), isto é, a bisavó materna de Joana Olímpia era meia-irmã da avó materna de Joana Camila, o que caracteriza dispensa de parentesco de 4º grau atingente ao 3º grau.


Ancestrais de Bento José da Costa

Página do livro de batizados de São Pedro de Atei com o termo de batismo de Bento José da Costa. 


Natural do lugar denominado Bormela, Freguesia de São Pedro de Atei, Distrito de Vila Real, Bento José da Costa nasceu aos 17 de outubro de 1758, foi batizado aos 23 de outubro de 1758, e falecido aos 10 de fevereiro de 1734, com 75 anos de idade. Foi um rico proprietário na Capitania de Pernambuco, e também teve terras no Rio Grande do Norte.

Bento José da Costa e Ana Maria Teodora foram os pais de 11 filhos, destacando-se Manoel José da Costa (1809-1883), primeiro e único Barão de Mercês, por patente imperial de 1870.


Bento José da Costa contraiu matrimônio por volta de 1794, na Freguesia do Corpo Santo em Recife – PE, com Ana Maria Teodora, nascida aos 26 de junho de 1772 e falecida aos 12 de dezembro de 1844, com 72 anos de idade, filha de Domingos Afonso Ferreira, natural da Freguesia de Santa Maria Madalena da Vila da Ponte, Conselho de Montalegre, Distrito de Vila Real, Portugal, nascido aos 14 de fevereiro de 1737, e de Maria Teodora Moreira de Carvalho, natural de Recife – PE, batizada aos primeiro de agosto de 1748 na Freguesia do Corpo Santo em Recife – PE, casados às 20 horas do dia 14 de julho de 1767, na Igreja do Sacramento da Freguesia de Santo Antônio do Recife – PE, neta paterna de Simão Afonso, natural da Freguesia de Viade de Baixo, Conselho de Montalegre, Distrito de Vila Real, Portugal, nascido aos 24 de outubro de 1710, batizado aos 28 de outubro de 1710, e de Isabel Pires, natural da Freguesia de Santa Maria Madalena da Vila da Ponte, Conselho de Montalegre, Vila Real, nascida aos 20 de março de 1706, batizada aos 23 de março de 1706, casados aos 30 de maio de 1736 na Freguesia de Santa Maria Madalena, neta materna de Laurentino Antônio Moreira de Carvalho, natural da Freguesia de Nossa Senhora do Populo, Conselho de Caldas da Rainha, Distrito de Leiria, Portugal, batizado aos 20 de maio de 1715, e de Ana Maria de Lima, batizada aos 28 de março de 1718 na Freguesia do Corpo Santo, Recife – PE.

 Era bisneta paterna (por parte do avô) de João Afonso e de Domingas Gonçalves, naturais da Freguesia de Viade de Baixo, bisneta paterna (por parte da avó) de Domingos Pires, natural da Freguesia de Santa Maria Madalena da Vila da Ponte, Conselho de Montalegre, e de Domingas Gonçalves, natural da Freguesia de São Tomé de Outeiro de Parada do Gerês, Conselho de Montalegre, Vila Real, nascida em 17 de novembro de 1676, casados aos 06 de outubro de 1700 na Freguesia de São Tomé de Outeiro de Parada do Gerês, bisneta materna (por parte do avô) de Lourenço dos Reis Moreira e de Maria Antônia Teodora de Carvalho, casados aos 09 de janeiro de 1714, na Freguesia de Nossa Senhora do Populo, Vila das Caldas, Portugal, Bisneta Materna (por parte da avó) de Antônio Correia Pinto, natural da Freguesia de Azurara, Conselho da Maia, Porto, e de Leandra da Costa Lima, natural da Várzea – PE, trineta paterna (por parte de João Afonso) de Domingos Afonso, trineta paterna (por parte de Domingas Gonçalves, esposa de João Afonso) de Antônio Gonçalves, trineta paterna (por parte de Domingos Pires) de Antônio Pires e de Isabel Pires, trineta paterna (por parte de Domingas Gonçalves, esposa de Domingos Pires) de Pedro Gonçalves e de Maria Alves Pais, trineta materna (por parte de Lourenço dos Reis Moreira) de Manoel dos Reis Moreira e de Maria do Ó, trineta materna (por parte de Maria Antônia Teodora de Carvalho) de João Gomes de Carvalho e de Maria da Conceição, trineta materna (por parte de Antônio Correia Pinto) de Fernando Delgado e de Maria Francisca Luiseta, trineta materna (por parte de Leandra da Costa Lima) de Silvestre Gonçalves Lima, natural de Viana, Portugal, e de Isabel da Costa, natural do Estado de Pernambuco.

Eis o registro de batismo de Bento José da Costa:  

Bento Joseph, filho legitimo de Antonio José da Costa e de sua mulher Maria da Costa, do lugar de Bormella desta freguesia de São Pedro de Atey Comarca de Villa Real, Arcebispado de Braga, neto paterno de Antonio Gonçalves da Costa e de Maria Barroso do mesmo lugar de Bornella, desta mesma freguesia, e pela materna de Antonio da Costa e de Maria Marques, do mesmo lugar de Bormella, desta mesma Freguesia de São Pedro de Atey, nasceu aos dezessete do mês de outubro do ano de mil setecentos e cinquenta e oito, e foi batizado por mim padre José Rodrigues encomendado nesta Igreja de São Pedro de Atey aos vinte e três dias do mês de outubro de mil setecentos e cinquenta e oito, e lhe pus os Santos Óleos, e farão padrinhos o padre Bento de Moura Ribeiro, desta mesma freguesia, e Theresa, solteira, filha de Miguel da Costa Ribeiro e de Fabiana Gaspar do mesmo lugar de Bormella, freguesia de São Pedro de Atey Comarca de Villa Real, e por verdade fiz este assento em que me assinei com o Padrinho, e pela madrinha assinou o seu pai Miguel da Costa Ribeiro a rogo dela, em dia, mês e ano era ut supra. O Encomendado Pe. José Rodrigues. Pe. Bento de Moura.  Miguel da Costa Ribeiro. (Livro de Batismo (1743-1766) da Paróquia de São Pedro de Atei, Distrito de Vila Real, Portugal, p. 216v).



Pais de Bento José da Costa:

Antônio José da Costa, natural da Freguesia de São Martinho de Ares de Boulhe, nascido aos 19 de março de 1730, batizado aos 29 de março de 1730, e falecido aos 03 de agosto de 1765 com apenas 35 anos de idade e Maria da Costa, nascida aos 26 de dezembro de 1732, batizada ao 01 de janeiro de 1732, casados aos 21 de novembro de 1746, na Freguesia de São Pedro de Atei, Distrito de Vila Real, sendo ele com 16 anos de idade, e ela com apenas 14 anos de idade no ato do matrimônio.

Registro de batismo de Antônio José da Costa: p. 29v do Livro de Batizados (1725-1772) da Freguesia de São Martinho do Arco de Baúlhe, Conselho de Cabeceiras de Basto, Arcebispado de Braga.

Antônio José, filho legitimo de Antonio Gonçalves e de sua mulher Maria Barroza, moradores no lugar do Arco, nasceu aos dezenove dias do mês de Março de mil sete centos e trinta, e de minha licença o batizou e pôs os Santos Óleos o Reverendo Vigário de Sam Pedro de Athey Miguel da Silva Ribeiro, em os vinte e nove do mês de Março, e foram Padrinhos Bento Teixeira do dito lugar de Ahey, e Maria, filha de João Carneiro da Silva do lugar do Arco, e por verdade fiz este assento que assinei com os Padrinhos, hoje, vinte e nove do dito mês; era ut supra. Miguel da Silva Ribeiro. Bento Teixeira Álvares.

Registro de batismo de Maria da Costa: Localizado a p. 97 do Livro de Batizados (1719-1743) da Freguesia de São Pedro de Atey.
Maria, filha legitima de Antonio da Costa e de sua mulher Maria Marques do lugar de Bormella desta Freguesia de São Pedro de Athey Nasceu aos vinte e seis dias do mês de Dezembro do ano de mil setecentos trinta e dois anos e foi batizada no primeiro dia do mês de janeiro do ano de mil sete centos e trinta e três por mim o Padre Antonio da Cunha Coadjutor desta Igreja de São Pedro de Athey e lhe pôs os Santos Óleos; foram padrinhos o Capitão Maçal da Costa da Freguesia de Limões, e Madrinha Antonia filha de Feliciano de Affonseca da Telha desta freguesia e por verdade fiz este que assinei era ut supra. O Pe. Antonio da Cunha.

Registro de casamento de Antônio José da Costa e Maria da Costa: Casamento registrado a p. 56v do Livro de Casamentos (1730-1786) da Paróquia de São Pedro de Atei, Mondim de Basto, Vila Real.

Aos vinte e hum dias do mês de Novembro de mil setecentos quarenta e seis anos nesta Freguesia de São Pedro de Athey na presença de mim o Padre Hipólito Manoel Pinto Rebello cura desta dita Igreja de São Pedro de Athey e das testemunhas aqui nomeadas e abaixo assinadas o padre Hipólito digo o padre Bento Moura Ribeiro da Barroca, João Álvares casado com Maria da Guerra, e o Capitão Antonio Borges Leite solteiro filho de João Borges e de sua mulher Maria Marques Leite do lugar de Bormilla todos desta Freguesia de São Pedro de Athey, se receberão e casarão por palavras de presentes nesta dita Igreja de Athey Antônio Joseph da Costa filho Legitimo de Antonio Gonçalves da Costa e de sua mulher Maria Barroza já defuntos, do lugar de Bornilla com Maria da Costa filha legitima de Antonio da Costa já defunto, e de sua mulher Maria Marques, do dito lugar de Bornilla, ambos desta dita Freguesia de São Pedro de Athey, Comarca de Villa Real, Arcebispado Primaz de Braga na forma do Sagrado Concilio Tridentino e Constituições deste Arcebispado, e tiveram as três publicações, digo, as três denunciações canônicas admoestações e não resultou em impedimento algum e de minha parte não há nada que impede de lhe Celebraram o Santo Sacramento do matrimonio que com efeito celebrarão e tiveram bênçãos na forma do estilo e para constar na verdade fiz este termo que assinei com as testemunhas acima ditas. Eu, o padre Hipólito Manoel Pinto Rebello dia mês e Ano ut Supra. O Padre Hipólito Manoel Pinto Rebello. Bento Moura Ribeiro. Antonio Borges Leite. João Alves.

Do casamento de Antônio José da Costa com Maria da Costa nasceram 8 filhos, sendo que Bento José da Costa foi o 5º filho, e o 8º e último filho nasceu 4 meses depois da morte do pai Antônio José da Costa, que foi batizado com o mesmo nome paterno.


 Irmãos de Bento José da Costa:

1- Liberata Joaquina, nascida aos 10 de junho de 1749, batizada aos 18 de junho de 1749 pelo Padre Pedro Martins Pereira, e os Padrinhos foram o Avô Paterno Antônio Gonçalves da Costa e Quitéria Maria de Magalhães Leite, casada com Bento Barroso da Freguesia de São Martinho do Arco de Baulhetes, Conselho de Cabeceiras de Bastos. Livro de Batizados (1743-1766) de São Pedro de Atei, p. 88v e 89.

2- José Bento, nascido aos 24 de janeiro de 1751, batizado aos 28 de janeiro de 1751 pelo Padre Manoel Álvares de Azevedo, e os Padrinhos foram novamente o Avô Paterno Antônio Gonçalves da Costa, e Ana Maria, solteira, filha de Antônio Martins da Cruz e de Antônia da Silva. Livro de Batizados (1743-1766) de São Pedro de Atei, p. 114 v e 115.

3- Francisco Xavier, nascido aos 18 de fevereiro de 1754, batizado aos 25 de fevereiro de 1754 pelo Padre Pedro Martins Pereira, e os Padrinhos foram o Capitão Marçal da Costa Pinto, da Freguesia de São João dos Limões, e Brízida, solteira, filha de Bento Barroso e de Domingas Barroso, do lugar do Juguete, Freguesia de Santo André do Rio Douro. Livro de Batizados (1743-1766) de São Pedro de Atei, p. 159 v.

4- Bernardo José, nascido aos 07 de abril de 1756, batizado aos 11 de abril de 1756 pelo Padre Manoel Álvares de Azevedo, e os Padrinhos foram João Álvares da Guerra casado com Joana da Cunha, e Joana da Costa, Tia Materna. Livro de Batizados (1743-1766) de São Pedro de Atei, p. 180.

5- Luísa Tereza, nascida aos 08 de julho de 1761, batizada aos 16 de julho de 1761 pelo Padre Pedro Martins Pereira, e os Padrinhos foram João Álvares casado com Josefa da Cunha, por Procuração de Manoel Borges de Azevedo, da Freguesia de São Cristovão de Modim, e Luísa da Costa, Tia Materna. Livro de Batizados (1743-1766) de São Pedro de Atei, p. 246v.

6- Delfina Tereza, nascida aos 03 de março de 1764, batizada aos 06 de março de 1764 pelo Padre Manoel Henriques de Magalhães, e os Padrinhos foram Bento da Silva Moura e Josefa Botelho de Souza casada com Antônio José da Costa Ribeiro. Livro de Batizados (1743-1766) de São Pedro de Atei, p. 276 e 276v.


7- Antônio José, nascido aos 18 de janeiro de 1766, após o falecimento do pai dele, em 03 de agosto de 1765, foi batizado aos 21 de janeiro de 1766 pelo Padre Manoel Henrique de Magalhães, e os Padrinhos foram Antônio José da Costa, da Freguesia de São Pedro de Cerna, e Angélica Maria da Costa, do lugar da Extremadura. Livro de Batizados (1743-1766) de São Pedro de Atei, p. 293v e 294.


Avós paternos de Bento José da Costa:

Antônio Gonçalves da Costa, natural de São Pedro de Atei, nascido aos 14 de maio de 1702 e falecido aos primeiro de abril de 1761, com 59 anos de idade, e a 1ª esposa Maria Barroso, natural da Freguesia de Santa Marinha de Pedraça, casados aos 07 de fevereiro de 1729 na Freguesia de Santo André de Rio Douro, Vila Real.

Antônio Gonçalves da Costa, avô paterno de Bento José da Costa, após ficar viúvo, contraiu 2º matrimônio com Ana Maria, irmã de Maria Marques, avó materna de Bento José da Costa, e desse matrimônio nasceram filhos.

Termo de Batismo de Antônio Gonçalves da Costa.

Antº, fº. Legº de Pº Glz; e de Sabina da Costa, do lugar de Chaos, nasceo aos quatorze de Mayo de mil sete centos e dous. Foi baptizado pelo Pe. Simeao Pinto de Mesqtª aos vinte e hú do dº mês. Forao Padrinhos Bento Teyxrª do lugar do Paço, e Brittes, soltrª do lugar do Ribrº. todos desta fregª de S. Pº de Athey. Era ut supra. Antonio Almdª Rego. (Livro de batizados (1677-1703) de São Pedro de Atei, Distrito de Vila Real, p. 72).


Registro de casamento Antônio Gonçalves da Costa E Maria Barroso: Casamento registrado a página 26 (Verso) do Livro de Casamentos (1715-1745) da Freguesia de Santo André de Rio Douro, Conselho de Cabeceira de Basto, Braga.

Aos sete dias do mês de Fevereiro de mil setecentos e vinte e nove na forma do Sagrado Concilio Tridentino e Constituições deste Bispado se Receberão em minha presença com os banhos corridos Maria Barbosa filha de Bento Barroso e de sua mulher Izabel Barroza do lugar de Joguil, e desta Freguesia de Santo André do Rio Douro com Antônio Gonçalves da Costa filho legitimo de Pedro Gonçalves e de Sabina da Costa do lugar dos Chaós da Freguesia de São Pedro de Atey, testemunhas que presentes estavam Francisco Pereira e Manoel Barrozo, e Ventura Gonçalves, todos do lugar de Joguil desta freguesia, e na verdade fiz este termo que assinei era ut supra. O Vigário Antonio Carneyro da Costa. Francisco Xavier. Manoel Barrozo. Ventura Gonçalves

Avós maternos de Bento José da Costa:

Antônio da Costa, natural da Freguesia de São João de Limãos, e Maria Marques, nascida aos 16 de outubro de 1709, casados aos 30 de março de 1730, na Freguesia de São Pedro de Atei, Distrito de Vila Real.

Termo de batismo de Maria Marques:

Maria, fª legitima de Dionizio Marques, e de Thereza da Fonseca do lugar de Brumella desta Fregª de Sam Pedro de Athey nasceo aos dezaceis dias do mez de Outubro do anno de mil sete centos e nove: foi baptizada por mim aos vinte e hum do dtº mez. Forao seus Padrinhos Manoel Alz do dtº lugar de Brumella, e Maria de Moura, fª de David de Moura, do lugar de Vª Pouca, q por não saber escrever assignou por ela Feliciano da Fonseca do lugar da telha todos desta dtª frgª de Sam Pº de Athey, era dia e mez ut supra. Antonio de Almdª Rego. Manoel Alvres. Feliciano da Fonsequa. (Livro Misto (1703-1736) de São Pedro de Atei, Distrito de Vila Real, p. 38 v).


Registro de batismo de Antônio da Costa:

Antônio, filho de Maria Afonso solteira, do dito lugar de Bornella nasceu aos trinta dias do mês de Agosto de mil setecentos e cinco, e foi batizado pelo Padre Simão Pinto de Mesquita meu coadjuntor aos dois dias do Mês de setembro, e lhe pôs os Santos Óleos. Foram Padrinhos Manoel Alves e Senhorinha, solteira, filha de Gaspar Rodrigues, todos do dito lugar de Bormilla desta Freguesia de S. Pedro de Athey ut Supra. Antonio de Almeida Rego.

Registro de casamento de Antônio da Costa e Maria Marques: Casamento registrado a p.2v do Livro de Casamentos (1730-1786) da Paróquia de São Pedro de Atei.
Aos trinta dias do mês de Março deste ano de mil setecentos e trinta em face da Igreja em presença de mim Miguel da Silva Ribeiro Pároco desta Igreja de São Pedro de Athey e das testemunhas Vicente da Cunha do lugar de Fontellas e de Sebastião da Cunha do lugar de Cotegaço se casarão por palavras de presente Antônio da Costa filho natural de Maria Affonso solteira do lugar e freguesia de São João de Limães com Maria Marques filha legitima de Dionísio Marques e de Tereza da Fonceca já defunta do lugar de Bornilla desta freguesia precedendo as publicações nesta freguesia como na de São João de Limãos e que me constou por Certidão do Reverendo Pároco e não tiveram bênçãos por serem proibidos neste tempo, e por verdade fiz e assinei era ut supra. Vicente da Cunha. Miguel da Silva Ribeiro. Sebastião da Cunha.

Bisavós paternos de Bento José da Costa:

A- Pedro Gonçalves e Sabina da Costa, pais de Antônio Gonçalves da Costa.

B- Bento de Moura Barroso e Isabel Barroso, casados aos 27 de junho de 1701 em Santo André de Rio Douro, pais de Maria Barroso.

Aos vinte e sete de junho de mil sete ctºs e hú se Recebeo de minha Lçª em presença do Rdº Frcº Vrª conforme o Sag. Conc. Trid Isabel Barroso fª de Ventura Glz já defunto, e sua m.er Dªs Barrosa do lugar da Saquela, com Bento De Moura Bº, fº de Mª de Moura, soltrª e de Antº Glz, já defuntos do lugar do Siro, todos desta frgª. Tªs Antº Joao, Dºs Glz e Joao Prª todos do lugar do Juquete e desta fregª e na verd.e fis esta lembrança q asinei era ut supra. Frcº Carnº Serra. (Livro de Matrimônios de 1687-1713 de Santa Cruz do Rio Douro, p. 129).


Bisavós maternos de Bento José da Costa:

A- Maria Afonso, solteira, mãe de Antônio da Costa.


B- Dionísio Marques e Tereza da Fonseca, batizada aos 17 de março de 1692, casados aos 07 de abril de 1706, na Freguesia de São Pedro de Atei, pais de Maria Marques.

Termo de batismo de Tereza da Fonseca, bisavó materna de Bento José da Costa:
      
Aos dezacete de mcº de mil seis centos novtª e dous baptisou o Pe. Pº Esteves a Tereza, fª de Dºs da Fonseca e de sua m.er Mª Frcª do lugar da Telha, e lhe pos os Stºs Oleos. Forao Padrinhos M.el Ribrº e sua irmã Brites fºs de Constantino Ribrº era ut supra. Almdª. (Livro de batizados (1677-1703) de São Pedro de Atei, Distrito de Vila Real, p. 43 v).

Termo de casamento entre Dionísio Marques e Tereza da Fonseca:

Aos sete dias do mes de Abri de mil setecentos e seis annos em prezensa de mim o Pe. Semião Ptº de Mesqtª Coadjutor desta fregª de S. Pº de Athey se cazarao por palavras de prezente Dionizio Marquesfº legº de Dºs Marques Vº e de sua m.er Mª Dinis já defunta do lugar de Burmella, e Theresa da Fonsequa, fª legª de Dºs da Fonseca e de sua m.er Mª Frcª do dito lugar sendo tªs Bento Teixrª, e Ventura da Cunha, e Martinho da Guerra; Receberao as bençaos e por verdade me assigney. Declaro que todos são desta dita fregª era ut supra. Martinho da Guerra. O Pe. Semião Ptº de Mesqtª. Bento Teixrª. Ventura da Cª. (Livro Misto (1703-1736) de São Pedro de Atei, Distrito de Vila Real, p. 125).


Trisavós paternos de Bento José da Costa:

A- Antônio Gonçalves e Maria de Moura, solteira, pais de Bento de Moura Barroso.
     
B- Ventura Gonçalves e Domingas Barroso, casados aos 03 de outubro de 1668, na Freguesia de Santo André de Rio Douro, pais de Isabel Barroso.


Aos tres de 8bro de mil e seiscentos e sessenta e oito recebi a Ventura Glz com Domingas Barros ambos do lugar do Juguette desta Frgrª e isto conforme o Sagrado Concilio Tridentino. Tªs q estavao presentes Joao Prª do lugar do Juguette e Joao Barroso de Pasquoto todos desta frgª, e por v.dade fis esta lembrança ut supra. Joao Carvrª. (Livro de Matrimônios de 1658-1686 de Santa Cruz do Rio Douro, p. 78v).

 Trisavós Maternos de Bento José da Costa:

A- Domingos Marques e Maria Diniz, casados aos 31 de agosto de 1665 na Freguesia de São Pedro de Atei, pais de Dionísio Marques.

Termo de casamento entre Domingos Marques e Maria Diniz:

Aos trinta e hú dias do mês de Agosto de mil e seis ctºs e sesenta e sinco asisti eu ao matrimonio em que cazarao Dº Marques, fº de Pº Marques dos cazais e de sua m.er, com Mª Dinis, fª de Gpªr Dinis ferreiro e de sua m.er, e depois de ter lhe corridos os pregoins e não haver impedmtº algum, e lhes dei as bencaos de que foram tªs Dºs da Costa e Joao Marques Joao Perª e outras mais pessoas, e por verdade me asiney. Gªr Frª. (Livro Misto (1625-1666) de São Pedro de Atei, Distrito de Vila Real, p. 107 v).

B- Domingos da Fonseca e Maria Francisca, pais de Tereza da Fonseca.

Tetravós Maternos de Bento José da Costa:

A- Pedro Marques, pai de Domingos Marques.


B- Gaspar Diniz, pai de Maria Diniz.