Edificado entre os anos de 1915-17, pelo mestre Carneiro, com base na planta do arquiteto Giacómo Palumbo, a Vila Soledade era a residência do cel. Manoel Mauricio Freire, chefe Político do município por quarenta anos. Em 2003, quando conheci seu neto Dr. Darce Freire Dantas de Araújo, este me relatou o verdadeiro nome da propriedade, lembrando que quando ainda era uma criança, nos idos de 1920, os jardins da casa ostentavam dois grandes "V" e "S" artísticamente desenhados com flores e que indicavam à moda de então de intitular as grandes casas de Villas - em substituição ao velho costume imperial de chamar de Solar essas casas.
O atual casarão substituiu a antiga sede da fazenda Canavial que pertencia ao major Manoel Joaquim Freire, pai de Maurício. Após a construção do solar, o cel. Neco Freire e sua esposa D. Constança, reuniam todos os anos as sociedades Natalense e Macaíbense para a festa da colheita da jabuticaba, produzida pelo sítio. Esses eventos contavam com a presença dos governadores daquela época, o que ratifica o poder político de Manoel Freire.
Fazia parte da propriedade, o antigo porto da Madalena que servia de escoadouro da produção do açucar "Moreninho", da refinação de Neco Freire, bem como das pedras proveninetes da pedreira que o coronel possuia e que calçaram Natal no tempo dos Albuquerque Maranhão, restando, na atualidade, a rua que separa o Solar Bela Vista da casa de Câmara Cascudo, pavimentadae com as antigas pedras.
Com o falecimento de Manoel Maurício Freire, a propriedade ficou para sua neta Maria Crinaura, filha de Isabel Freire e Estevam Alves, que em 1955 vendeu ao comerciante Aguinaldo Ferreira da Silva.
Na década de 80 seu filho Jansem Leiros, restaurou o solar e seus jardins, a partir daí passou a ser conhecido por “Solar da Madalena” em alusão a um antigo porto localizado nas proximidades.
O belo solar da Madalena foi tombado pelo patrimônio histórico do estado em 29 de julho de 2002 e encontra-se em razoável estado de conservação, mantendo sua imponência e fazendo lembrar o fausto em que viviam as famílias abastardas no período áureo do município.
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