Capa do livro
Auditório
José Roberto Bezerra (presidente da COSERN), José Ivonildo do Rêgo (reitor da UFRN) e Anderson Tavares
A lembrança dos grandes homens não tem apenas um sentido de saudade e de reverência. Um grande homem vivo ou morto, afirma e recomenda sua gente, seu povo. É um fruto da terra e do sangue que se converte em semente para fecundar a história. A homenagem que se presta a memória do Ministro Augusto Tavares de Lyra com a reedição do seu livro História do Rio Grande do Norte tem esta dimensão.
Tavares de Lyra foi um autentico estadista da república e um dos raríssimos brasileiros que fez parte dos três poderes constituídos. No Executivo, foi Governador do Estado, Ministro da Justiça, Ministro da Viação e Obras Públicas e Ministro da Fazenda. No Legislativo, foi Deputado Estadual, Deputado Federal e Senador da República. E no Judiciário, Ministro e Presidente do Tribunal de Contas da União.
Bacharel em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade do Recife, ao tornar a Natal, estreou no Atheneu Norte Riograndense como professor de história, cujos conhecimentos lhe valeriam em trajetória ascendente. Na regência da cátedra, concluiu o jovem professor o seu noviciado, que lhe desvendou as delícias das peregrinações investigadoras pelo passado nacional.
Para além das atividades oficiais, foi um pesquisador constante e apaixonado da nossa história. Impossível falar do historiador sem mencionar a Questão de Grossos (disputa entre Ceará e RN), fato que despertou no estudioso, a curiosidade pela história de seu torrão natal. Tendo em vista que foi através deste acontecimento que pesquisou em vários documentos, tais como cartas régias, registros de terras, de salinas e antigas crônicas históricas.
Seus livros sobre história são referências evocadoras pelo seu caráter de precisão e isenção com que se habituou a invocar e a documentar esse tema.
Sobre Tavares de Lyra, depõe um de seus mais autorizados biógrafos, Luiz da Câmara Cascudo: - “uma vida limpa e clara, sem os escuros misteriosos que explicam, para muitos, a fecundidade ascensional. Uma existência que se pode evocar, sem falhas, na cronologia de uma seqüência moral incomparável. Grande vida! Fácil de ser elogiada, difícil de ser imitada! Combateu o bom combate, guardou a fé, viveu com honra sob o signo da inteligência”.
Em nome da família Tavares, em especial nas pessoas de suas diletas filhas, senhoras Madre Carmem Maria Tavares de Lyra e Sophia Augusta de Lyra Tavares, viúva do jurista Roberto de Lyra Tavares, agradeço a iniciativa da UFRN. Desejo que esta publicação seja um preito de homenagem às suas duas filhas, que do alto dos seus 86 e 105 anos, respectivamente, são as guardiãs da chama votiva do seu pai e com o coração enternecido gentilmente autorizaram a reedição deste livro.
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