Umbelino de Mello, como era conhecido na Macaíba do passado, é uma figura histórica controversa. Nascido na cidade do Aracatí, no vizinho Estado do Ceará, no ano de 1844. Era filho do Coronel Thomaz Antônio Guedes de Mello e de Débora Carolina de Gouveia Mello. Veio para Macaíba já casado com Maria Amélia da Veiga Pessoa de Mello, a convite de seu irmão o Cel. Thomaz Antônio de Mello, sócio capitalista da Firma Paula, Eloy & Cia., para assumir a gerencia da mesma.
Como presidente do Clube Abolicionista “Padre Dantas”, libertou os escravos da Vila da Macaíba, em 08 de janeiro de 1888, ao passo que como sucessor do Deputado Eloy Castriciano de Souza, na chefia da Casa Paula, Eloy & Cia., apresentou-se como um péssimo administrador, levando à falência uma empresa vencedora.
Acumulando a chefia da casa bancária, com a de líder político de Macaíba, Umbelino de Mello não teve a destreza de separar os dois campos e, gastou para manter-se no poder, o seu dinheiro e a fortuna alheia. Chefe político e líder do Partido Liberal, na vigência do mando do Dr. Amaro Carneiro Bezerra Cavalcanti, Umbelino de Mello recebia telegramas, num tempo de comunicação cara e difícil. Todos os assuntos relativos à política, economia e a Família Imperial, chegavam primeiro à Macaíba, verdadeiro “feudo” do Comendador Umbelino.
A decretação de falência da casa bancaria Paula, Eloy & Cia., fez com que o comendador fosse arrastado numa maré de dividas. O comendador ficou devedor de uma quantia imensa aos herdeiros do Deputado Eloy de Souza; João Câncio, Henrique Castriciano, Eloy Castriciano e Auta de Souza, ocasionando litígios memoráveis na justiça estadual.
Prestigiadíssimo politicamente durante o Império do Brasil, Umbelino Freire de Gouveia Mello foi agraciado com a Imperial Ordem da Rosa, no grau de Comendador, em ato do próprio Imperador Pedro II.
Foi o Comendador Umbelino Freire de Gouveia Mello, que se encontrando no Recife em novembro de 1889, telegrafou diretamente ao Presidente de Província Cel. Antônio Basílio Ribeiro Dantas, informando-lhe sobre a proclamação da República e sugerindo, uma rápida negociação com os elementos da oposição, para a formação de um governo que congregasse os monarquistas.
A proclamação da República e a ascensão política da família Albuquerque Maranhão, levaram ao ostracismo o dignitário imperial, que ainda conseguiu se eleger Deputado a primeira constituinte Estadual, em 1891. Contudo, depois do golpe que dissolveu aquela assembleia, se viu pobre e graças à intervenção do governador Joaquim Ferreira Chaves, foi nomeado Administrador dos Correios do Rio Grande do Norte, cargo no qual faleceu em outubro de 1904. Seus restos mortais foram transladados para a Matriz de Macaíba e repousam no jazigo de Thomaz de Mello, seu pai.
Do seu casamento com D. Maria Amélia da Veiga Pessoa teve Ana Pulquéria Pessoa de Mello Alecrim (Donana Alecrim) e por ela avô do escritor Octacílio de Mello Alecrim, Thomaz Evaristo Pessoa de Mello casado com Maria das Dôres Pelinca de Oliveira, Débora Umbelina Pessoa de Mello Monteiro casada com João Batista do Rêgo Monteiro e Maria Júlia Pessoa de Mello (Julinha) solteira, além de vários outros filhos, falecidos em tenra idade.
sou Claudinea umbelino freire e gostaria de encontrar alguns parentes q moram fora do RJ
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