Macaíba possui muitas personalidades ilustres. Uma grande maioria são intelectuais e continuam pouco conhecidos e mesmo divulgados na cidade. Auta de Souza é a referência primeira da poesia, mas, a cidade tem nomes como Victor Hugo Aranha, Murilo Aranha, José Leiros, Estefânia Mangabeira e Maria de Lourdes Cid, objeto de meu artigo de hoje.
Maria de Lourdes Cid – Delourdes, nascida em Macaíba, em 13 de junho de 1909 e falecida em 25 de julho de 1977 na Cidade do Salvador/Ba, onde residia desde 12.07.53. Escreveu poesias ainda jovem, produzindo belíssimos trabalhos poéticos tanto em Natal onde também residiu de 1925-1935, como em Salvador (1953/1963).
Teve algumas de suas poesias publicadas em 1982 (in memorian), com o título CORAÇÃO RIMADO, em 1999 MURMÚRIOS DA MÃE NATUREZA e finalmente, POEMAS E FRAGMENTOS DE DELOURDES. Recebeu de Henrique Castriciano, em 16 de janeiro de 1927, seu livro MÃE, com a seguinte dedicatória: “à poetisa LOURDES CID, o mais humilde de seus discípulos”.
Filha de João Evangelista Vilela Cid e Maria Leonor de Medeiros Cid, neta paterna de Salvador Felipe de Oliveira Cid e Maria Magdalena Vilela Cid, e materna do coronel Aureliano Clementino de Medeiros e Maria Rosa Teixeira de Medeiros.
Casada aos 14 de novembro de 1930 com Pedro Augusto do Nascimento *1906 +1975, dessa união, o casal teve 07 filhos; Danton Luis Cid do Nascimento, Dione Nascimento Samartin, Carlos Renan Cid do Nascimento, Marlene do Nascimento Gibson, Walter Luiz Cid do Nascimento, Geny do Nascimento Oliveira e Luiz Eduardo Cid do nascimento.
Maria de Lourdes Cid é a patrona da cadeira n° 07 da Academia Feminina de Letras do Rio Grande do Norte, cuja ocupante é a Drª Deyse Maria Gonçalves Leite. O ano de 2009 assinalou o centenário de nascimento da poetisa macaibense, quando foi inaugurada a placa com o seu nome em um rua do centro da cidade. Destaco a seguir, um de seus poemas:
PARTIDA
Partirei meu amor,
Mas ficarei contigo
Na lembrança feliz do nosso quarto
Em cada canto fica uma saudade
Num soluço de dor
Quero que saibas: levarei comigoTeu coração. Parto
Mas não sei te dizer a minha ansiedade
Nas frias madrugadas
Recordarei
Aventura sublime de estar em teus braços
Viverei a sonhar com o dia desejado
Da minha volta.
Pedirei as estrelas que espalhadas
Pelo espaço,
Bordem no azul o nome amado
Do meu amor.
E quando anoitecer,
Sentirás em teus lábios, o beijo amigo
Da saudade.
Pensarás em mim. Eu pensarei em ti.
Mas não te posso dizer
Que choro. Guardarei comigo
A certeza da tua lealdade
E assim compensarei as mágoas que sofri.
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