MANUEL RAPOSO DA CÂMARA
Manuel Raposo da Câmara falecera antes de 1783, quando sua mãe d. Antônia da Silva fez o testamento, pois menciona os filhos vivos e entre eles não figura Ma¬nuel. Consegui provas da sua existência nos registros de balizamentos onde era ritual mencionar-se avô e avó. Aqui estão os dois documentos:
Manuel Raposo da Câmara falecera antes de 1783, quando sua mãe d. Antônia da Silva fez o testamento, pois menciona os filhos vivos e entre eles não figura Ma¬nuel. Consegui provas da sua existência nos registros de balizamentos onde era ritual mencionar-se avô e avó. Aqui estão os dois documentos:
Manuel - Batizado a 10 de janeiro de 1771, filho legítimo de Manuel Raposo da Câmara e de d. Maria d' Anunciação de Ramos. Neto paterno de Manuel Raposo da Câmara, natural da ilha de São Miguel e de d. Antônia da Silva e neto materno de Gonçalo Soares Raposo da Câmara e de d. Ana Maria, ambos da Paraíba assim como a mãe.
José - nasceu a 20 de setembro de 1779, filho legítimo de Manuel Raposo da Câmara e d. Constança de Albuquerque. Neto paterno de Manuel Raposo da Câmara, natural da ilha de S. Miguel e de d. Antônia da Silva, da freguesia de Nª Sª da Apresentação de Natal, e neto materno de Manuel de Melo e Albuquerque e de d. Ângela de Souza.
Anterior é o nascimento de Felipa
Felipa - filha legítima de Manuel Raposo da Câmara, do Rio Grande do Norte e de sua mulher d. Maria d' Anunciação de Ramos, da cidade da Paraíba, moradores nesta freguesia. Neta paterna de Manuel Raposo da Câmara, da ilha de São Miguel e de sua mulher d. Antônia da Silva, natural da cidade de Natal, e materna de Gonçalo Soares da Câmara, do Natal e de sua mulher d. Ana Maria do Nascimento, natural da Paraíba e moradores nesta freguesia, nasceu no dia 10 de maio de 1767.
Os filhos de Manuel Raposo, segundo do nome, foram:
Felipa - 10 de maio de 1767.
Maria
Miguel
Manuel - batizado a 10 de fevereiro de 1771.
José - batizado a 20 de setembro de 1779.
Manuel Raposo da Câmara, pelo visto, casou duas vezes. A primeira com uma filha de Gonçalo Soares Raposo da Câmara, sobrinho legítimo, por ser filho de seu irmão Vitorino. Casado com d. Maria d' Anunciação de Ramos, em 1779 já surge ao lado de sua segunda mulher, d. Constança de Albuquerque, filha de Manuel de Melo e Albuquerque e de d. Angélica de Souza. O simples enunciado dos cognomes dispensa a prova de nobreza.
Felipa, José, Maria e Manuel não tiveram a bondade de permitir que lhes enxergasse vestígio de crônica e descendência.
Do terceiro Manuel Raposo sei apenas que em outubro de 1804 estava em Natal e tinha a patente de alferes.
FILHAS DO PRIMEIRO MANUEL RAPOSO DA CÂMARA
D. Antônia da Silva em seu testamento menciona as filhas. Eram cinco: Quitéria, Marcelina, Rosa, Josefa e Maria, todas solteiras quando do falecimento da mãe. Josefa Raposo da Câmara chegou aos oitenta e cinco anos. Faleceu de palma e capela a 05 de dezembro de 1809.
Marcelina do Espírito Santo casou com Ambrósio Manuel de Albuquerque Melo, de quem houve um casal:
Ana - nascida a 24 de fevereiro de 1762.
João - nascido a 23 de fevereiro de 1769.
Ambrósio Manuel era filho de Manuel de Melo e Albuquerque e de d. Angélica de Souza, sogros de Manuel Raposo da Câmara, segundo do nome, em seu casamento número dois. Marcelina era cunhada do marido.
OBS: O casamento de Marcelina com Ambrósio Manuel foi feito a 26 de abril de 1759.
De Rosa, Quitéria e Maria, ignoro o paradeiro. Quitéria parece ser a mais velha e possivelmente juntou-se às Onze Mil na pureza do seu estado. Rosa herdou a vinha avoenga na ilha de S. Miguel. Não sei se o odor dos claretes ilhéus tentou algum "bom-sangue" setecentista. De Maria nada, absolutamente, achei...
Marcelina do Espírito Santo faleceu em Natal a 24 de outubro de 1805. O registro de óbito atesta a idade de cinqüenta anos. De Ambrósio Manuel perdi a pista logo depois de viúvo...
GONÇALO SOARES RAPOSO DA CÂMARA
Gonçalo, primogênito de Vitorino da Silva Câmara, ficou chamado comumente "Gonçalo morgado" e foi o patriarca da família. A mais alta percentagem dos Raposo da Câmara pertence ao seu sangue. Até ele expiravam as lendas da família. Já em 1718 Manuel Raposo da Câmara era membro do Senado da Câmara de Natal...
Pelos documentos que compulsei é impossível dizer onde nasceu Gonçalo. Em diversos assentamentos de batismo encontro "natural da freguesia de Nossa Senhora das Neves da cidade da Paraíba" e noutros o banal e rápido "natural desta freguesia". As provas dum e doutro lado contrabalançam qualquer estimativa. Casou três vezes.
No registro de Felipa, filha de Manuel Raposo II, genro de Gonçalo, há uma d. Ana Maria do Nascimento. Existe outra d. Ana Maria Soares de Melo e uma d. Inez Tomásia de Melo que foi a derradeira Sulamita desse Salomão tropicalesco. (a tinta) "D. Ignes morreu em Natal a 8 de outubro de 1846, com mais de 60 anos".
Parece ter havido ligação anterior ao casamento porque esse primeiro se dá em 1778 e o primogênito Luís morre em 1853 com 83 anos, o que lhe denuncia o nascimento para 1770.
O assentamento de Casamento de Gonçalo-morgado assim diz:
"Aos trinta de junho de mil setecentos e setenta (a tinta) "sessenta?" e oito, as sete horas da manhã, pouco mais ou menos, nesta Matriz, corridos os banhos nesta Matriz e nas mais partes de suas naturalidades, e residências, dispensadas por sua Excelência Reverendíssima nos quatro graos de consangüinidade atingente ao terceiro, de licença minha, na presença do Padre Coadjutor Bonifacio da Rocha Vieira se cazarão com palavras de presente Gonçalo Soares Raposo da Câmara, filho legítimo de Vitorino Raposo e de Joana Maria de Jesus, com dona Ana Maria Soares de Melo, filha legítima de Dionísio da Costa Soares e d. Eugenia de Oliveira e Melo, e logo receberão as benções conforme os ritos da Santa Madre Igreja, etc. Pantaleão da Costa Araujo, Vigário do Rio Grande"
Dionísio Soares da Costa, ou vice-versa, era sargento-mor e ocupava o altíssimo posto de Provedor da Real Fazenda na Capitania do Rio Grande.
Os filhos de Gonçalo-Margado são:
Caetana Maria, nascida a 3 de maio de 1778. O assento dá 1768, o que deve ser engano. "casou com Ricardo Witshire, que morreu aos 60 a 26-1823; no inventário de sua mãe figura em 1º”.
Luís Soares Raposo da Câmara, morreu aos 83 anos, a 8 de junho de 1853. Nascera em 1770. Era major.
Dionísio (a tinta) "da Costa Soares, capitão, nasceu a 17-7-1774. Fixou-se no vale do Ceará-Mirim". "4° avô do Senador João Câmara".
Manuel (viúvo em 1808) casou a 10-7-1804 com Anna Joaquina de Souza, filha do capitão Antônio José de Souza Oliveira e Joana Francisca de Melo.
Antônio deve ter nascido mais ou menos em 1789, pois seu filho único nasce em 1810. "em julho de 1822 tinha a patente de Cadete. Casado já em 1808".
Joaquim Torquato, nascido a 27 de fevereiro de 1788.
Maria, nascida a 29 de março de 1793. "16 anos em 1808".
José Januário (a tinta) com 12 anos em 1808.
Joana, nasceu a 12-4-1776.
Maria, batizada a 24 de agosto de 1811.
João, batizado a 14 de julho de 1814.
Tereza, nascida a 18 de agosto de 1812.
Joaquim, batizado a 19 de junho de 1819. O pai morrera em fevereiro. A criança foi batizadas com "hum dia de vida". Foram padrinhos o capitão José Alexandre Gomes de Melo e sua mulher d. Joana Evangelista de Vasconcelos.
Parece, entretanto, que Gonçalo casou apenas duas vezes. Luís, o primogênito, é filho de d. Ana Maria Soares de Melo. Esta senhora faleceu a 12 de setembro de 1808. Joaquim Torquato, José Januário, Maria, Caetana, Antônio, são filhos do primeiro matrimônio com d. Inez Tomásia de MeIo (que também aparece chamada "Inez Romana") há a descendência nascida no século XIX, Maria, Tereza, João e Joaquim...
Gonçalo Soares Raposo da Câmara nasceu em 1736. Pertenceu parcamente aos movimentos políticos da Capitania. Com os Albuquerque Maranhão tinha privança. Somente a idade lhe privou de fazer parte da revolução de 1817. Luís de Albuquerque Maranhão era seu compadre, padrinho de Tereza e a ma-drinha foi uma mana dos Maranhões, d. Delfina Rita d' Albuquerque Maranhão.
Gonçalo-Morgado atingiu serenamente aos oitenta e três anos, como afirma seu registro de óbito que descobri, assim como o de seu casamento, na papelada esparsa do arquivo do Instituto Histórico.
"Faleceu da vida presente aos dezanove de fevereiro de mil oitocentos e dezanove o tenente Gonçalo Soares Raposo da Câmara casado com d. Inez Tomásia de Melo, morador nesta cidade, de idade de oitenta e três anos, mais ou menos, com todos os sacramentos da Igreja, encomendado pelo reverendo vigário Manuel José Fernandes, aos vinte dias foi sepultado das grades para cima, envolto em habito de São Francisco, e para constar fiz este assento no qual assino. Francisco Antônio Lumache de Melo - Vigário Interino".
O que deixa margem para a suposição de um terceiro casamento, anterior ao com d. Ana Maria Soares de Melo, é ter uma filha de Gonçalo, d. Maria d' Anunciação de Ramos, casado com seu tio-avô Manuel Raposo da Câmara, no do nome.
O casamento de Gonçalo com d. Ana Maria é de 1778. Luís, o mais velho, é de oito anos antes e no registro de batismo de seus filhos se dá corria filho de Gonçalo e d. Ana Maria Soares de Melo, o que afasta a possibilidade de ter sido filho doutra procedência. Três anos antes de Luís nascer e onze anos antes de Gonçalo casar, a 1 ° de maio de 1767, nasce uma neta deste, Felipa, filha de Manuel Raposo da Câmara, no e duma sua filha, a misteriosa d. Maria d' Anunciação de Ramos. No assento eclesiástico desta Felipa se lê:
"Neta paterna de Gonçalo Soares Raposo da Câmara, do Natal e de sua mulher d. Maria do Nascimento, natural da Paraíba".
No registro de Manuel, outro filho do II Manuel Raposo da Câmara, o menino, batizado a 10 de janeiro de 1771, um ano depois do nascimento do primogênito de Gonçalo-Morgado, aparece como neto materno de "Dona Ana Maria", que será a mesmíssima Soares de Melo. E esta Ana Maria do Nascimento não será a mesma? Não mais é possível identificá-la porque a documentaria carece de importância. Fica a ponta da questão... o nome verdadeiro da ilustre mamãe de d. Maria d' Anunciação de Ramos.
Gonçalo-Mortado amava muito este nome bíblico. Deparei com duas Marias, uma de 29 de março de 1793 e outra de 24 de outubro de 1811. Nenhuma poderá ser a d' Anunciação Ramos, que já era mãe vinte e seis anos antes do nascimento da primei¬ra das duas manas Marias...
JOSÉ JANUÁRIO RAPOSO DA CÂMARA
José Januário, filho de Gonçalo Raposo, digo, Soares Raposo da Câmara e de d. Ana Maria Soares de Melo, casou com d. Rita Maria da Conceição, filha de Joaquim José da Câmara e de d. Maria Antônia de Oliveira, neta paterna de Antônio da Câmara e Silva e de D. Ana Maria de Torres e neta materna de Francisco Xavier de Oliveira e de d. Ana Maria de Oliveira. "faleceu José Januário a 26-3-1848".
José, nascido a 12 de maio de 1816.
Eugênia, nascida a 23 de dezembro de 1822.
A 7 de outubro de 1871 casa em Natal José Januário Soares da Câmara com d. Maria Eufrasina de Souza.
Fantastico, era o elo perdido que estava procurando para completar a árvore dos Rodrigues Santiago de Taipu. Muito bom.
ResponderExcluirGustavopraxedes@hotmail.com
Olá...
ResponderExcluirMeu nome é Cecília. o pai da minha bisavó é Manoel Soares Raposo da Ilha da Madeira. Teria Alguma relação de parentesco, que você saiba, com a família Soares Raposo da Câmara?