Cel. André de Albuquerque Maranhão, Senhor Hereditário da Casa de Cunhaú. Chefe da Revolução de 1817 no RN. Fonte: pintura de Evaldo, acervo do IHGRN.
Com a introdução do regime das Capitanias hereditárias no Brasil, foram concedidas em 8 de março de 1535, cem léguas de terra ao longo do mar a João de Barros e Aires da Cunha. O atual Estado do Rio Grande do Norte achava-se incluída naquela Capitania de João de Barros e Aires da Cunha, cuja extensão estendia-se da Baia da Traição, na Paraíba, à enseada de Mucuripe, no Ceará.
Em 1516, os franceses já haviam estabelecido um processo de trocas comerciais com os indígenas Potiguares, habitantes do litoral norte-rio-grandense, o que ensejou a vinda do Capitão-mor de Pernambuco, Manuel Mascarenhas Homem, Capitão-mor da Conquista do Rio Grande. Acompanhava Mascarenhas Homem os irmãos Antônio, Jorge e Jerônimo de Albuquerque, figurava este último como comandante de 3 companhias de infantaria e uma de cavalaria.
Com a ação desenvolvida por Jerônimo de Albuquerque junto ao índios Potiguares pôde ser restabelecido o poder português na Capitania do Rio Grande, ocorrendo em seguida a expulsão dos franceses e a demarcação do sitio onde ocorreu a fundação da atual Cidade do Natal em 25 de dezembro de 1599.
Jerônimo de Albuquerque (que posteriormente acrescentaria o agnome Maranhão por mercê real) assumiu o cargo de Capitão da Fortaleza do Rio Grande em 7 de julho de 1603. No ano seguinte, concedeu ele aos filhos infantes Antônio e Matias de Albuquerque, cinco mil braças de terra em quadra (12.100 hectares) na várzea do rio Cunhaú, no Rio Grande do Norte. Logo surgiria o primeiro engenho de açúcar da capitania, o tradicional engenho Cunhaú, cenário de tantas páginas de nossa história.
Em 1516, os franceses já haviam estabelecido um processo de trocas comerciais com os indígenas Potiguares, habitantes do litoral norte-rio-grandense, o que ensejou a vinda do Capitão-mor de Pernambuco, Manuel Mascarenhas Homem, Capitão-mor da Conquista do Rio Grande. Acompanhava Mascarenhas Homem os irmãos Antônio, Jorge e Jerônimo de Albuquerque, figurava este último como comandante de 3 companhias de infantaria e uma de cavalaria.
Com a ação desenvolvida por Jerônimo de Albuquerque junto ao índios Potiguares pôde ser restabelecido o poder português na Capitania do Rio Grande, ocorrendo em seguida a expulsão dos franceses e a demarcação do sitio onde ocorreu a fundação da atual Cidade do Natal em 25 de dezembro de 1599.
Jerônimo de Albuquerque (que posteriormente acrescentaria o agnome Maranhão por mercê real) assumiu o cargo de Capitão da Fortaleza do Rio Grande em 7 de julho de 1603. No ano seguinte, concedeu ele aos filhos infantes Antônio e Matias de Albuquerque, cinco mil braças de terra em quadra (12.100 hectares) na várzea do rio Cunhaú, no Rio Grande do Norte. Logo surgiria o primeiro engenho de açúcar da capitania, o tradicional engenho Cunhaú, cenário de tantas páginas de nossa história.
Cunhaú tornou-se o principal núcleo econômico da Capitania. Em 1630 o Engenho Cunhaú produzia de 6 a 7.000 arrobas (88 a 103 toneladas) de açúcar, ali morando 60 ou 70 homens com suas respectivas famílias. Durante o período do domínio holandês, Cunhaú foi confiscado, passando às mãos de diversos proprietários. Após a expulsão dos holandeses, o engenho reverteu ao domínio da família Albuquerque Maranhão, com ela permanecendo até a terceira década do século passado, constituindo-se em uma verdadeira Casa Hereditária através das gerações varonis que ali sucederam.
A capela edificada por Jerônimo de Albuquerque, quando da fundação do engenho em 1604, foi retratada pelo artista flamengo Frans Post, constando do famoso livro Barléu, que trata do período em que o Conde João Maurício de Nassau-Siegen governou o Brasil Holandês.
Certamente, o episódio que marcou sobremaneira a vida social da capela de Nossa Senhora das Candeias do Cunhaú, foi o massacre ali praticado na manhã de 16 de julho de 1645, durante a conquista dos Holandeses. Tapuias Janduis e Potiguares liderados pelo alemão Jacob Rabbi, em número de 500 indivíduos, perpetraram uma chacina na capela, por ocasião de uma missa cujo celebrante era o padre André de Soveral, ancião de 73 anos de idade. O número de vitimas do aludido morticínio varia conforme os diversos cronistas que o descreveram: entre 35 e 80 inclusive padre Soveral. A matança no engenho marcou o inicio da insurreição pernambucana contra a presença holandesa, somente posta encerrada em janeiro de 1654.
O mais ilustre filho de Cunhaú foi André de Albuquerque Maranhão, segundo do nome, nascido naquele engenho no ano de 1773. Foram seus pais o Cel. André de Albuquerque Maranhão, 5º senhor hereditário de Cunhaú e dona Antônia Josefa do Espirito Santo Ribeiro. Em 1810 o engenho Cunhaú foi visitado pelo inglês Henry Koster, que dedicou várias páginas do seu livro Viagens ao Brasil àquele engenho e ao proprietário, o Cel. André de Albuquerque.
Andrezinho do Cunhaú, como era conhecido aquele fidalgo, presidiu a Revolução Republicana de 1817, na Capitania do Rio Grande, instalada em Natal no dia 28 de março do mesmo ano. André foi deposto por uma reação de monarquistas devotos, sendo ferido na virilha com um golpe de espada, o que ocasionou a sua morte no dia 25 de abril de 1817, preso na pior sela da Fortaleza dos Reis Magos, em Natal. Em 1995, durante restauração da antiga Sé de Natal foram encontrados os seus despojos, sendo providenciado um túmulo para o mártir de 1817.
legal fiz minha pesquisa e ficou otima !!!!
ResponderExcluire André de albuquerque maranhão não teve descendentes não?
ResponderExcluirDurante o domínio holandês o Cunhaú ficou de fogo morto. Tornou-se um centro produtor de gado, cujo a carne servia de alimentação para os holandeses que habitavam Pernambuco.
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