terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Enganos na genealogia

Em genealogia é possível acontecer informações que estejam erradas, a exemplo do nome dos pais de Manoel José da Cunha (genro do fundador da cidade de Jardim do Seridó/RN, Capitão Antônio de Azevedo Maia), que o genealogista paraibano Sebastião de Azevedo Bastos, em 1955, colocou em seu livro No Roteiro dos Azevedos e de outras Famílias do Nordeste de que Manoel José da Cunha era filho de José Antônio da Cunha Lima e de Maria Correia, o que hoje sabemos ser um engano, já que há documento que prova que os pais de Manoel José da Cunha foram João Pacheco da Cunha e Jerônima Teixeira de Borba. Então vejamos:

Ancestrais de Manoel José da Cunha, genro do fundador da cidade de Jardim do Seridó

1°) Manoel José da Cunha foi o tronco da família Cunha nos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte, notadamente da cidade de Jardim do Seridó, sertão potiguar.

2°) Sabemos que os pais de Manoel José da Cunha foram João Pacheco da Cunha e Jerônima Teixeira de Borba, através de prova documental.

3°) Manoel José da Cunha teve uma irmã legítima com o nome Ângela Vieira de Melo, e prova disso é o registro de casamento dela localizado na cidade de Igarassu/PE, no qual informa nome dos seus pais, João Pacheco da Cunha e Jerônima Teixeira de Borba.

4°) É possível que o nome de Ângela Vieira de Melo tenha sido uma homenagem a avó paterna Ângela Vieira de Melo casada com Gabriel Figueira da Cunha.

5°) A Nobiliarchia Pernambucana de Borges da Fonseca tem informações de pessoas dessa família, inclusive cita o casal Gabriel Figueira da Cunha e Ângela Vieira de Melo, e esta por sua vez teve um irmão chamado João Pacheco de Lira. Acreditamos que esse irmão de Ângela Vieira de Melo, tenha sido a razão para que ela colocasse em um filho o nome João Pacheco da Cunha (pai dos irmãos Manoel José da Cunha e Ângela Vieira de Melo).

6°) No registro de casamento de Ângela Vieira da Cunha (irmã de Manoel José da Cunha) com o seu parente Sebastião Correia Lima consta o nome dos pais dos noivos, e informação de dispensa de parentesco de consanguinidade no 3° grau igual simples (um dos avós dele era irmão de um dos avós dela) e de 4° grau atingente ao 3° grau (um dos avós do noivo era irmão de um dos bisavós da noiva, ou vice-versa), e de acordo com informações genealógicas que constam na Nobiliarchia Pernambucana sobre a ascendência do noivo, onde essas duas dispensas de consanguinidades são confirmadas, na forma que segue:

Dispensa de parentesco de consanguinidade de 3° grau igual: Antônio Vieira de Melo (avô materno do noivo Sebastião Correia Lima) era irmão de Ângela Vieira de Melo (avó paterna da noiva Ângela Vieira de Melo, esta irmã do Manoel José da Cunha que era genro do Capitão Antônio de Azevedo Maia, o fundador da cidade de Jardim do Seridó-RN).

Dispensa de parentesco de consanguinidade no 4º grau atingente ao 3º grau: Maria Pacheco Pereira (avó paterna do noivo Sebastião Correia Lima) era irmã de Dionísia Pacheco Pereira (bisavó paterna da noiva Ângela Vieira de Melo, esta irmã do Manoel José da Cunha que era genro do capitão Antônio de Azevedo Maia, o fundador de Jardim do Seridó-RN).

7°) Manoel José da Cunha, tronco da família Cunha de Jardim do Seridó, e da família Cunha Lima do RN e PB, era filho de João Pacheco da Cunha e de Jerônima Teixeira de Borba. Os avós paternos dele foram Gabriel Figueira da Cunha e Ângela Vieira da Cunha, e só este nome da avó paterna pode justificar o fato de Manoel José da Cunha ter tido uma irmã legítima com o mesmo nome Ângela Vieira de Melo (que casou com Sebastião Correia Lima).

8°) Assim, não é exata a informação transmitida por Sebastião de Azevedo Bastos em seu livro No Roteiro dos Azevedos e de outras Famílias do Nordeste, de que Manoel José da Cunha era filho de José Antônio da Cunha Lima e de Maria Correia, nota igualmente reproduzida no livro Velhas Famílias do Seridó de Olavo de Medeiros Filho.

Se o genealogista Sebastião de Azevedo Bastos se enganou quanto a filiação de Manoel José da Cunha, é possível ter se enganado quanto a filiação do casal português Antônio de Azevedo Maia (1° do nome) e Josefa Maria Valcácer de Almeida, tendo em vista, até hoje, não existir documento comprobatório de tal afirmação.

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Prosseguindo, encontramos o registro de casamento de duas irmãs de Manoel José da Cunha, que morou em Jardim do Seridó e que era genro do casal Antônio de Azevedo Maia e Micaela Dantas Pereira (filha do coronel de milícias Caetano Dantas Correia).

1- José de Avellar Dornellas Castilho e Antônia Francisca Teixeira de Borba:

Casados às 10 horas do dia 15 de junho de 1774, na capela de Nossa Senhora do Desterro, pertencente na época à Freguesia de Igarassu/PE, celebrante do casamento foi o Pe. João de Albuquerque Falcão, sendo testemunhas Braz de Melo e Inácio Ferreira Dias.

      Ele, José de Avellar Dornellas Castilho, natural da freguesia de Santo Pedro Mártir de Olinda/PE, filho do capitão Gonçalo de Avelar Castilho e Faustina de Ornellas Castilho.

      Ela, Antônia Francisca Teixeira de Borba, natural de Igarassu/PE, irmã do Manoel José da Cunha que morou em Jardim do Seridó/RN e filha do Sargento-Mor João Pacheco da Cunha e de Jerônima Teixeira de Borba.

2- Sebastião Correia Lima e Angela Vieira de Melo:

Casados aos 04 de junho de 1783, na capela do Engenho Inhamã, filial desta matriz, dispensados no terceiro grau igual e quarto atingente ao terceiro de consanguinidade, perante as testemunhas capitão Manoel da Costa Gadelha e Bento Correia Lima.

     Ele, Sebastião Correia Lima, natural de Goiana/PE, filho do sargento-mor José Correia Lima e Maria da Assunção Pacheco, já falecidos.

     Neto paterno de Bento Correia Lima e de Maria Pacheco Pereira;

     Neto materno de Antônio Vieira de Melo e de Maria da Assunção Correia Lima.

     Bisneto paterno (por seu avô) de José Correia Lima e de Maria Antônia de Oliveira;

     Bisneto paterno (por sua avó) de João Pacheco Pereira e de Joana Paes Barbosa;

     Bisneto materno (por seu avô) de Gonçalo Novo de Lira e de Dionísia Pacheco Pereira;

     Bisneto materno (por sua avó) de Bento Correia Lima e de Maria Pacheco Pereira.

     Ela, Ângela Vieira de Melo, natural de Igarassu/PE, irmã de Manoel José da Cunha (casado com Joana Maria do Carmo, filha de Antônio de Azevedo Maia de Jardim do Seridó/RN) e filha do sargento-mor João Pacheco da Cunha e Jerônima Teixeira de Borba.

     Manoel José da Cunha, ressalte-se, foi genro do fundador da cidade de Jardim do Seridó/RN, Antônio de Azevedo Maia.

     Os nomes dos pais da noiva Ângela Vieira de Melo é uma certeza, já que consta essa informação no registro de casamento. Quanto ao nome dos avós paternos, não se sabe ao certo, mas podemos especificar logo abaixo a seguinte possibilidade da árvore genealógica, de acordo com a Nobiliarchia Pernambucana de Borges da Fonseca.

     Os avós paternos de Ângela Vieira de Melo (irmã de Manoel José da Cunha), de acordo com a Nobiliarchia Pernambucana, provavelmente são Gabriel Figueira da Cunha e de Ângela Vieira de Melo, bisneta paterna (por parte do avô) de Bento Figueira da Cunha e de Francisca Leitão, e bisneta paterna (por parte da avó) de Gonçalo Novo de Lira e de Dionísia Pacheco Pereira.

     No registro de casamento de Sebastião Correia Lima e Ângela Vieira de Melo (irmã de Manoel José da Cunha) consta 2 dispensas de parentesco de consanguinidade entre os noivos, a primeira dispensa é de terceiro grau igual simples (significa que um dos avós do noivo era irmão de um dos avós da noiva), e a segunda dispensa é de quarto grau atingente ao terceiro grau (significa que um dos bisavós do noivo era irmão de um dos avós da noiva, ou vice-versa).

      Quanto a dispensa de parentesco de consanguinidade de terceiro grau igual, pode-se afirmar que Antônio Vieira de Melo (avô materno do noivo Sebastião Correia Lima) era irmão de Ângela Vieira de Melo (avó paterna da noiva Ângela Vieira de Melo, esta irmã do Manoel José da Cunha).

    No que se refere a dispensa de parentesco de consanguinidade no quarto grau atingente ao terceiro grau, pode-se afirmar que Maria Pacheco Pereira (avó paterna do noivo Sebastião Correia Lima) era irmã de Dionísia Pacheco Pereira (bisavó paterna da noiva Ângela Vieira de Melo, esta irmã do Manoel José da Cunha).

Lembramos que as dispensas de parentesco de consanguinidade já citadas acima, confirmam essa possibilidade de parentesco através das informações que constam no livro Nobiliarchia Pernambucana de Borges da Fonseca.

Assim, é forte a possibilidade de que Manoel José da Cunha, por ter tido uma irmã com esse nome Ângela Vieira de Melo, (nome dado supostamente em homenagem a avó paterna Ângela Vieira de Melo, esposa de Gabriel Figueira da Cunha), tenha a seguinte árvore genealógica, citada abaixo:

    Manoel José da Cunha casado com Joana Maria do Carmo, filha de Antônio de Azevedo Maia e tronco da família Cunha de Jardim do Seridó/RN e da família Cunha Lima.

    1- Pais: João Pacheco da Cunha e Jerônima Teixeira de Borba

    2- Avós paternos: Gabriel Figueira da Cunha e Ângela Vieira de Melo

    3- Bisavós paternos:

     Bento Figueira da Cunha e Francisca Leitão (pais do avô paterno).

     Gonçalo Novo de Lira e Dionísia Pacheco Pereira (pais da avó paterna).

       Quanto a Jerônima Teixeira de Borba (mãe do Manoel José da Cunha que morou em Jardim do Seridó e de Ângela Vieira de Melo), não podemos arriscar uma suposição, mas pelo sobrenome Teixeira de Borba, Jerônima Teixeira de Borba poderia ter sido parente próxima de Micaela Teixeira de Borba (ancestral do Coronel Estevão José Barbosa de Moura) e do padre Antônio Teixeira de Borba, este último sabe-se que era filho do português Francisco Teixeira e da pernambucana Violante de Borba.

        O engano quanto ao nome dos pais de Manoel José da Cunha durou quase 70 anos, pois neste ano de 2022 descobrimos o nome correto dos seus pais, graças a localização do registro de batismo de Constância, filha de Joana Maria do Carmo e Manoel José da Cunha, onde são mencionados os nomes dos avós paternos e maternos, conforme segue abaixo na imagem:


Prova de que Manoel José da Cunha (genro de Antônio de Azevedo Maia) Não era filho de José Antônio da Cunha Lima e Maria Correia. 

           Um outro engano recente na genealogia potiguar é quanto ao nome dos pais de Félix Antônio de Medeiros, que foi casado com Tereza Duquesa de Faria. O mesmo é tido por filho de Manoel Antônio de Medeiros e de Inácia Maria, segundo artigo datado de 7 de novembro de 2019, disponibilizado na internet.

       O artigo destaca que Félix Antônio de Medeiros era filho de Manoel Antônio de Medeiros e de Inácia Maria, neto paterno de Sebastião de Medeiros Rocha (filho do português Sebastião de Medeiros Matos) e de Maria Leocádia da Conceição, e neto materno de João de Morais Camelo e de Antônia de Morais Severa, o que não é exato.

          Esse engano quanto ao nome dos pais de Félix Antônio de Medeiros aconteceu em razão do termo de casamento dele com Tereza Duquesa de Faria não informar o nome dos pais do noivo e da noiva, e pessoas da família a exemplo de Hermes Medeiros Costa (neto paterno de Félix Antônio de Medeiros) informar por tradição familiar, que o nome do pai de Félix Antônio de Medeiros era Manoel Antônio de Medeiros, sem saber informar o nome da mãe. No livro Velhas Famílias do Seridó de Olavo de Medeiros Filho, publicado em 1981, consta o nome de um Manoel Antônio de Medeiros, de Santa Luzia/PB, casado duas vezes, com as irmãs Córdula e Inácia, e por isso se deduziu erroneamente que esse Manoel Antônio de Medeiros de Santa Luzia/PB era o pai de Félix Antônio de Medeiros, e que essa Inácia era a mãe de Félix Antônio de Medeiros, quando na realidade não está correta essa dedução.

         O Sr. Hermes Medeiros Costa (nascido aos 28 de agosto de 1928 na cidade de Acari/RN e falecido aos 06 de julho de 2020, com 91 anos de idade, em Natal/RN, filho de Silvino da Costa Medeiros e neto paterno do casal Félix Antônio de Medeiros e Tereza Duquesa de Faria), muito interessado em genealogia, acertou quanto ao nome Manoel Antônio ter sido o pai de Félix Antônio de Medeiros, mas enganou-se quanto ao sobrenome (Manoel Antônio de MEDEIROS), já que o nome correto do pai de Félix Antônio de Medeiros era Manoel Antônio da SILVA.

          Esse engano na genealogia de Félix Antônio de Medeiros referente aos nomes dos pais, avós e bisavós permanece faz um tempo, e no intuito de fazer aparecer a informação correta, colocaremos logo abaixo a genealogia do casal Félix Antônio de Medeiros e Tereza Duquesa de Faria, até os bisavós:

          1- Félix Antônio de Medeiros nasceu aos 23 de março de 1833, e foi batizado aos 11 de abril de 1833, no sítio Riacho de Fora e falecido aos 11 de maio de 1900, com 67 anos em Santa Cruz/RN. Casou aos 16 de novembro de 1857, no lugar Santo Antônio, com Tereza Duquesa de Faria, nascida aos 04 de fevereiro de 1842, filha de João de Faria da Costa Júnior e de Maria Alexandrina da Conceição, nascida por volta de 1805.

  Termo de batismo de Félix Antônio de Medeiros:

“FELIS, filho de Manoel Antonio da Silva, e de Maria Candida da Conceição, naturaes, e moradôres nesta Freguesia do Siridó, nascêo a vinte e trêz de Março, de mil oito centos e trinta e trez, e foi baptizado com os Santos Oleos no Sítio Riácho de Fora á onze de Abril do dito anno pelo Padre Manoel da Silva Soisa de minha licença: forao Padrinhos Manoel Barbosa de Medeiros, e Jozéfa Maria de Jesus; de que para constar mandei fazer este Assento, que assigno. O Coadjutor Pro-Parocho Manoel José Fernandes.”

 

Termo de casamento de Félix Antônio de Medeiros e Tereza Duquesa de Faria:

“Aos 16 dias do mês de novembro de 1857, as nove horas da manhã, no lugar Santo Antônio, nesta Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Nova Cruz, o Reverendo Senhor Vigário Manoel Jácome Bezerra Cavalcante, por mim autorizado, tendo precedido de confissão e exame de Doutrina Cristão, na sua presença e das testemunhas João Cavalcante da Rocha e Antônio Galdino da Luz, se uniram em matrimônio, por palavras de presente, e receberam as bênçãos nupciais, os nubentes FÉLIX ANTÔNIO DE MEDEIROS e THERESA DUQUESA DE FARIAS, moradores nesta Freguesia, do que para constar mandei lavrar este termo que assino. O Vigário Interino Belisio Lins de Albuquerque Cabral.”

 

Obs.: O termo de casamento realizado em 16 de novembro de 1857, que consta no primeiro livro de matrimônio nos livros paroquiais de Nova Cruz/RN, não informa o nome dos pais do noivo e da noiva, mas graças ao inventário que consta a relação dos filhos de Maria Cândida da Conceição com Manoel Antônio da Silva que foi possível descobrir o nome correto dos pais de Félix Antônio de Medeiros, em que ele aparece na condição de filho, sendo Tenente e morador na então Povoação de Melão (atual Coronel Ezequiel/RN).

              2- Pais de Félix Antônio de Medeiros:

           Manoel Antônio da Silva e Maria Cândida da Conceição, casados às 19 horas do dia 19 de fevereiro de 1827, na Fazenda São Joaquim, da Freguesia de Nossa Senhora de Santana de Caicó/RN.

            Segundo o inventário, a lista dos filhos do casal Manoel Antônio da Silva e Maria Cândida da Conceição (falecida na ocasião), é a seguinte:

             a) Mariana Possidônia de Medeiros, nascida aos 04 de janeiro de 1828;

             b) Manoel Teodoro Pereira, nascido aos 07 de janeiro de 1829, que foi padrinho de batismo aos 03 de março de 1865, de seu sobrinho Félix (o 1º do nome) que foi batizado na Matriz de Cuité/PB, filho de Félix Antônio de Medeiros e de Tereza Duquesa de Faria.

             c) Félix Antônio de Medeiros, nascido aos 23 de março de 1833, Tenente, morador na Povoação de Melão (atual município de Coronel Ezequiel, pertencente na época à Freguesia de Santa Cruz/RN);

             d) Antônio da Silva Lisboa, nascido por 1835, que casou aos 29 de novembro de 1860, em Oratório Privado com Joana Idalina da Conceição, filha de José Fidélis de Medeiros e de Rosa Cândida de Alexandria;

             e) Cosme Francisco Pimenta, nascido por 1836;

             f) Isabel Maria de Jesus, nascida por 1837;

             g) José Antônio de Medeiros, nascido por 1838;

             h) Maria Ananias da Conceição, nascida por 1839;

             i) Apolônia Quintina dos Santos, nascida por 1841, foi madrinha de batismo aos 03 de março de 1865, de seu sobrinho Félix (o 1º do nome) que foi na Matriz de Cuité/PB, filho de Félix Antônio de Medeiros e de Tereza Duquesa de Faria;

             j) Joaquim Romão da Silva, nascido por 1844.

            3- Avós paternos de Félix Antônio de Medeiros:

           Antônio Pereira Camelo, nascido por 1760 e falecido em 02 de março de 1835, com 75 anos de idade, e a 1ª esposa Apolônia Maria de Jesus, nascida por 1777 e falecida em 21 de novembro de 1799, com 22 anos de idade, casados às 12 horas do dia 10 de abril de 1796, na Matriz de Santana de Caicó/RN.

           4- Avós maternos de Félix Antônio de Medeiros:

           Cosme Fernandes Pimenta, natural de Apodi/RN, nascido por volta de 1784 e falecido aos 30 de agosto de 1868, e a 1ª esposa Apolônia Maria de Medeiros, casados às 11 horas do dia 30 de janeiro de 1805, na Fazenda São Joaquim.

           5- Bisavós paternos de Félix Antônio de Medeiros:

          5.1- José Camelo Pereira, o 1º do Nome, nascido em 1716 e falecido em 23 de junho de 1806, com 90 anos de idade, e Margarida Freire de Araújo, nascida provavelmente em 1734 e falecida em 10 de maio de 1795, com 71 anos de idade (pais de Antônio Pereira Camelo).

         5.2- Gonçalo Correia da Silva, nascido em 1737 e falecido em 26 de fevereiro de 1808, com 70 anos de idade, e Isabel Maria de Medeiros, nascida em 1745 e falecida em 28 de fevereiro de 1836, com 90 anos de idade (pais de Apolônia Maria de Jesus).

         Obs.: Isabel Maria de Medeiros era filha do português Rodrigo de Medeiros Rocha e de Apolônia Barbosa.

         6- Bisavós maternos de Félix Antônio de Medeiros:

          6.1- Manoel Fernandes Pimenta, falecido aos 15 de dezembro de 1836, e Manoela Dorneles de Bittencourt, nascida por 1755 e falecida em 09 de abril de 1846, com 90 anos de idade em Cuité/PB (pais de Cosme Fernandes Pimenta).

         Obs.: Manoel Fernandes Pimenta, citado acima, era filho de José Fernandes Pimenta (irmão de Bento Fernandes Pimenta, bisavô materno de Tereza Duquesa de Faria) e de Josefa Maria de Jesus.

         6.2- José Barbosa de Medeiros, nascido provavelmente em 1740 e falecido em 1785, e Maria da Conceição, nascida provavelmente em 1756 e falecida em 16 de abril de 1833 (pais de Apolônia Maria de Medeiros).

         Obs.: José Barbosa de Medeiros, citado acima, era o filho mais velho do português Rodrigo de Medeiros Rocha e de Apolônia Barbosa.

          II- Genealogia de Tereza Duquesa de Faria:

          1- Tereza Duquesa de Faria nasceu aos 04 de fevereiro de 1842, batizada aos 04 de julho de 1842, no Sítio Tapera, casou aos 16 de novembro de 1857, no Sítio Santo Antônio, com Félix Antônio de Medeiros, nascido aos 23 de março de 1833 e falecido aos 11 de maio de 1900, com 67 anos em Santa Cruz/RN, filho de Manoel Antônio da Silva e de Maria Cândida da Conceição.

         Termo de batismo de Tereza Duquesa de Faria:

“TERESA, filha legítima de João de Faria da Costa, já falecido, e de Maria Alexandrina  da Conceição, ele natural da Freguesia de Cuité, e ela desta do Seridó, onde presentemente se acha, nasceu aos 4 de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e dois, e foi batizada com os santos óleos, no Sítio Tapera a quatro de julho do dito ano, pelo Padre Manoel Mariano da Costa Pereira, de minha licença; foram padrinhos Antônio Fernandes de Araújo e Madalena Maria da Conceição, casados, do que mandei fazer este assento e me assinei.  O Vigário Francisco de Brito Guerra.”

 

          2- Pais de Tereza Duquesa de Faria:

          João de Faria da Costa Júnior, que no ano de 1842 já era falecido por ocasião do batizado de sua filha Tereza, e Maria Alexandrina da Conceição, nascida por volta de 1805.

         3- Avós paternos de Tereza Duquesa de Faria:

         João de Faria da Costa e Ana Maria de Jesus, nascida por volta de 1786 e falecida aos 24 de dezembro de 1851 com 65 anos de idade em Santa Cruz/RN.

          4- Avós maternos de Tereza Duquesa de Faria:

          Antônio Fernandes Pimenta Neto, nascido por 1769 e falecido em 16 de maio de 1838, com 70 anos de idade, e Josefa Maria da Encarnação, nascida por 1776 e falecida aos 01 de abril de 1866, com 90 anos de idade.

          5- Bisavós maternos de Tereza Duquesa de Faria:

          5.1- Bento Fernandes Pimenta e Maria Madalena da Conceição, casados aos 19 de dezembro de 1762, na Matriz de Mamanguape/PB (pais de Antônio Fernandes Pimenta).

          5.2- Tomaz de Araújo Pereira, o 2º do nome, e Tereza de Jesus Maria, nascida por 1742 e falecida em 14 de janeiro de 1835, com 92 anos de idade (pais de Josefa Maria da Encarnação).

         Já é de conhecimento da genealogia potiguar o nome dos filhos do casal Félix Antônio de Medeiros e Tereza Duquesa de Faria, mas apenas para constar, logo abaixo colocaremos os nomes dos filhos do casal.

 

Filhos de Félix Antônio de Medeiros e de Tereza Duquesa de Faria:

         1- Flávio Miguel da Costa Medeiros, nascida por volta de 1858, casou aos 22 de novembro de 1884 na matriz de Cuité/PB com Firma Pautília de Farias, de 24 anos, filha de Trajano José de Faria e de Maria Erundina de Faria.

         2- Maria Felentina de Medeiros, nascida por volta de 1859 e falecida às 14 horas do dia 15 de junho de 1942, com 83 anos de idade, na Rua Quatro de outubro nº 155, em Sapé/PB, casou aos 25 de novembro de 1880, no Sítio Santo Antônio, da Freguesia de Santa Cruz/RN, com Camilo José da Rocha, nascido aos 13 de setembro de 1848 e falecido aos 17 de agosto de 1902, com 53 anos de idade em Santa Cruz/RN, filho natural de Joana Carlota Brasileira.

        Maria Felentina de Medeiros foi a bisavó materna de Arnaldo Neto Gaspar.

        3- Josefa Lucas de Medeiros, nascida aos 09 de outubro de 1863, batizada aos 25 de outubro de 1863, no lugar Melão, pelo padre Crispiniano Ferreira Lima, sendo padrinhos Manoel Zacarias de Macedo e Josefa Clementina de Faria.

       Josefa Lucas de Medeiros casou aos 15 de fevereiro de 1881, no lugar Santo Antônio em Cuité/PB com o seu primo em 2º grau Elias Francisco Dantas, filho de Antônio Clemente Dantas e de Ana Florentina do Amor Divino (irmã da mãe de Félix Antônio de Medeiros).

       4- Ceciliano da Costa Medeiros, nascido aos 16 de abril de 1862, batizado aos 30 de junho de 1862, no lugar Santo Antônio pelo vigário Antônio Dias da Cunha, sendo padrinhos Olímpio Balduíno de Faria e sua esposa Ana Adelina de Faria.

       Ceciliano da Costa Medeiros casou aos 19 de setembro de 1894 em Bananeiras/PB com sua prima Maria Avelina da Rocha, filha de Antônio Ferreira da Rocha e de Tereza Avelina de Faria.

       5- Félix, o 1º do nome, nascido aos 16 de fevereiro de 1865, batizado aos 03 de março de 1865, na Matriz de Cuité/PB pelo padre Manoel Jácome Bezerra Cavalcante, foram padrinhos Manoel Teodoro Pereira, viúvo (irmão de Félix Antônio de Medeiros) e Apolônia Quintina dos Santos, solteira (irmã de Félix Antônio de Medeiros).

      Obs.: Este Félix, o 1º do nome, que teve como padrinhos de batismo um tio paterno (Manoel Teodoro Pereira) e uma tia paterna (Apolônia Quintina dos Santos), deve ter falecido na infância, já que em 27 de março de 1871 nascia um outro filho de nome Félix, o 2º do nome, que veio a se assinar também com o nome Félix Antônio de Medeiros (ver item 9).

       6- Tertulina Fausta de Medeiros, nascida aos 02 de maio de 1866, batizada aos 03 de dezembro de 1866, no lugar Santo Antônio, pelo padre Manoel Joaquim da Silva Chacon, foram padrinhos Joaquim Claudiano da Rocha e Bernardina América de Faria.

     Tertulina Fausta de Medeiros casou com José de Macedo Gomes.

      7- Ana Cândida de Medeiros, nascida aos 03 de agosto de 1867 e falecida solteira aos 30 de março de 1942, com 75 anos de idade, em Santa Cruz/RN.

      8- João da Costa Medeiros, nascido aos 29 de março de 1869, batizado aos 16 de maio de 1869, na Matriz de Cuité/PB pelo vigário Antônio Rafael Gomes de Melo, foram padrinhos Antônio Genuíno de Faria e sua esposa Josefa Teófila.

     João da Costa Medeiros casou aos 18 de janeiro de 1911, na então Povoação de São Tomé/RN, com Ana Angélica de Medeiros, nascida por 1888, filha de Antônio Pacífico de Queiroz e de Adelina de Queiroz.

       9- Félix Antônio de Medeiros, o 2º do nome, nascido aos 27 de março de 1871, batizado aos 05 de junho de 1871, no lugar Santo Antônio, pelo vigário Antônio Rafael Gomes de Melo, sendo padrinhos Trajano José de Faria e Irmelina Antônia de Faria.

        Félix Antônio de Medeiros, o 2º do nome, casou com Maria Angelina de Medeiros, filha de Calixto de Medeiros e Araújo e de Francisca Cesária de Lima.

       10- Miguel Emídio da Costa Medeiros, nascido aos 22 de março de 1875 e falecido aos 10 de junho de 1917, com 42 anos de idade, batizado aos 16 de maio de 1875, pelo padre Pedro José do Coração de Maria, sendo padrinhos Miguel Ribeiro Dantas, por procuração de Antônio Genuíno de Faria.

      Miguel Emídio da Costa Medeiros casou aos 29 de abril de 1903, no Sítio Condado em Currais Novos/RN com Rita Leonor da Rocha, nascida por volta de 1887, filha do Coronel Luiz Gomes de Melo Lula e de Maria Idalina da Rocha.

       11- Silvino da Costa Medeiros, nascido aos 17 de fevereiro de 1877 em Santa Cruz/RN e falecido aos 29 de junho de 1959, com 82 anos de idade, casou aos 10 de setembro de 1913, em Oratório Privado no Sítio Floresta em Santa Cruz/RN com Auta Aurora de Araújo, nascida aos 12 de setembro de 1888 em Acari/RN e falecida aos 23 de junho de 1948 em Acari/RN com 59 anos de idade, filha de Antônio Honorato de Araújo, nascido aos 12 de junho de 1838 e falecido aos 19 de junho de 1912, com 74 anos, e da 2ª esposa Cândida das Mercês de Araújo, nascida aos 11 de março de 1853 e falecida aos 04 de dezembro de 1940, com 87 anos de idade.

      12- Vicente da Costa Medeiros, nascido por volta de 1878, casou aos 26 de julho de 1905, na Fazenda Boa Esperança em Santa Cruz/RN com Rita de Cássia Medeiros, nascida por volta de 1884, filha de Paulino Bento Rodrigues e de Maria Ana de Medeiros.

      13- Elvídio da Costa Medeiros, nascido por volta de 1879 em São Tomé/RN, casou aos 31 de outubro de 1906, na Matriz de Santa Cruz/RN com Maria Umbelina de Macedo Gomes, nascida por volta de 1881, filha de Francisco Umbelino Gomes de Macedo, nascido em 15 de setembro de 1854, batizado aos 15 de outubro de 1854 na Freguesia de Cuité/PB, e de Felismina Idalina de Macedo, nascida aos 27 de julho de 1852, batizada aos 30 de julho de 1852, na Freguesia de Cuité/PB.

       14- Maria do Rosário de Medeiros, nascida aos 24 de fevereiro de 1880, batizada aos 28 de março de 1880, na Matriz de Santa Cruz/RN, sendo padrinhos Antônio Genuíno de Faria e a esposa Liliosa Ermelinda Pereira da Nóbrega.

       Maria do Rosário de Medeiros casou aos 02 de julho de 1898 em Santa Cruz/RN com Miguel Nunes Ferreira de Carvalho, filho de Joaquim Nunes de Carvalho e de Tereza Ferreira.

      15- Maria do Ó de Medeiros, nascida aos 31 de julho de 1881 e falecida aos 29 de abril de 1944, com 63 anos de idade, batizada aos 28 de agosto de 1881, na Matriz de Santa Cruz/RN pelo padre Antônio Rafael Gomes de Melo, sendo padrinhos Camilo José da Rocha e a esposa Maria Felentina de Medeiros Rocha (irmã de Maria do Ó de Medeiros e filha de Félix Antônio de Medeiros).

       Maria do Ó de Medeiros casou aos 16 de novembro de 1904, em Santa Cruz/RN com José Umbelino de Macedo Gomes, nascido aos 14 de setembro de 1880 e falecido aos 12 de abril de 1943, com 62 anos de idade, filho de Francisco Umbelino Gomes de Macedo e de Felismina Idalina de Jesus.

      16- Afonso da Costa Medeiros, nascido aos 04 de setembro de 1882, batizado aos 24 de setembro de 1882, na Matriz de Cuité/PB, sendo padrinhos Elias Francisco Dantas e Josefa Lucas de Medeiros.

      Afonso da Costa Medeiros casou aos 12 de fevereiro de 1917, na então Povoação de São Tomé/RN com Maria Inácia Furtado, filha de Floriano Teófilo Furtado e de Isabel Leopoldina Furtado.

      17- Manoel, nascido aos 15 de dezembro de 1884, batizado aos 06 de janeiro de 1885, na Matriz de Cuité/PB pelo padre Joel Esdras Lins Fialho, sendo padrinhos Joaquim Claudino da Rocha e Umbelina Olindina de Farias.

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