Sítio Cucuí em formato original. Local comprado pelas freiras dorotéias com a ajuda de comerciantes de Natal e da família do governador Alberto Maranhão. Foto: acervo de Domingos Guará.
Colégio Imaculada Conceição já ampliado. Foto: acervo do CIC.
A
Avenida Deodoro da Fonseca, no trecho do bairro da Cidade Alta, comporta alguns
exemplares arquitetônicos muito importantes para a configuração espacial de
Natal, como o casarão do comerciante Irineu Pinheiro com estilo Art Nouveau e a antiga sede do Hospital
Infantil Varela Santiago, ambos já devidamente preservados por meio do
instituto do Tombamento.
Atualmente,
foi solicitado a Fundação José Augusto o tombamento do prédio do Colégio
Imaculada Conceição e se inicia uma campanha para a preservação do Cinema Rio
Grande, de tantas tradições em nossa cidade. Tombados e preservados os prédios
do Colégio da Imaculada Conceição e do Cinema Rio Branco conservarão para as
novas gerações o tempo histórico de onde emergem os dois edifícios,
conservando-se uma imorredoura lembrança para tantos quantos tiveram a
felicidade de conviver nos dois exemplares arquitetônicos.
Desde
1937, a paisagem urbanística da cidade do Natal habituou-se a conviver e a
contemplar Colégio Imaculada Conceição, prédio de linhas sóbrias, projetado
pelo engenheiro Otávio Tavares. Pelo complexo de prédios que o compõem passaram
gerações e gerações de alunos durante 111 anos de história educacional,
orientados pelos princípios pedagógicos de Santa Paula Frassinetti, através das
irmãs de Santa Dorotéia e abnegados profissionais.
A
proteção do patrimônio arquitetônico urbano está diretamente vinculada à melhoria
da qualidade de vida da população, pois a preservação da memória é uma demanda
social tão importante quanto qualquer outra atendida pelo serviço público. O
tombamento não tem por objetivo “engessar” ou “congelar” a cidade: esse termo,
aliás, é um instrumento de pressão, largamente utilizado para contrapor
interesses individuais ao dever que o poder público tem em direcionar as
transformações urbanas que se fazem necessárias.
Tombar não significa
cristalizar ou perpetuar edifícios ou áreas urbanas, inviabilizando qualquer
obra que venha contribuir para a melhoria da cidade. Preservação e renovação
são ações que se complementam e, juntas, podem revalorizar imóveis ou bairros
que se encontrem deteriorados.
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