domingo, 22 de dezembro de 2013

Colégio Imaculada Conceição: a importância da preservação

Sítio Cucuí em formato original. Local comprado pelas freiras dorotéias com a ajuda de comerciantes de Natal e da família do governador Alberto Maranhão. Foto: acervo de Domingos Guará.

Colégio Imaculada Conceição já ampliado. Foto: acervo do CIC.


A Avenida Deodoro da Fonseca, no trecho do bairro da Cidade Alta, comporta alguns exemplares arquitetônicos muito importantes para a configuração espacial de Natal, como o casarão do comerciante Irineu Pinheiro com estilo Art Nouveau e a antiga sede do Hospital Infantil Varela Santiago, ambos já devidamente preservados por meio do instituto do Tombamento.

Atualmente, foi solicitado a Fundação José Augusto o tombamento do prédio do Colégio Imaculada Conceição e se inicia uma campanha para a preservação do Cinema Rio Grande, de tantas tradições em nossa cidade. Tombados e preservados os prédios do Colégio da Imaculada Conceição e do Cinema Rio Branco conservarão para as novas gerações o tempo histórico de onde emergem os dois edifícios, conservando-se uma imorredoura lembrança para tantos quantos tiveram a felicidade de conviver nos dois exemplares arquitetônicos.

Desde 1937, a paisagem urbanística da cidade do Natal habituou-se a conviver e a contemplar Colégio Imaculada Conceição, prédio de linhas sóbrias, projetado pelo engenheiro Otávio Tavares. Pelo complexo de prédios que o compõem passaram gerações e gerações de alunos durante 111 anos de história educacional, orientados pelos princípios pedagógicos de Santa Paula Frassinetti, através das irmãs de Santa Dorotéia e abnegados profissionais.


A proteção do patrimônio arquitetônico urbano está diretamente vinculada à melhoria da qualidade de vida da população, pois a preservação da memória é uma demanda social tão importante quanto qualquer outra atendida pelo serviço público. O tombamento não tem por objetivo “engessar” ou “congelar” a cidade: esse termo, aliás, é um instrumento de pressão, largamente utilizado para contrapor interesses individuais ao dever que o poder público tem em direcionar as transformações urbanas que se fazem necessárias. 

Tombar não significa cristalizar ou perpetuar edifícios ou áreas urbanas, inviabilizando qualquer obra que venha contribuir para a melhoria da cidade. Preservação e renovação são ações que se complementam e, juntas, podem revalorizar imóveis ou bairros que se encontrem deteriorados.

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