quarta-feira, 25 de maio de 2011

Sócios Beneméritos e Honorários da AML

Durante a cerimônia de elogio ao patrono proferida pelos acadêmicos Raimundo Ubirajara de Macedo e Ivan Maciel de Andrade, a Academia Macaibense de Letras homenageou seis personalidades com os títulos de sócios honorários e beneméritos.

Foram agraciados com o título de sócios de honorário:

Renard Perez. Escritor e contista. Dedica-se sobretudo a contos e novelas. Estreou na literatura com o livro O Beco. Sob a liderança de Dinah Silveira de Queiroz, integrou o grupo Café da Manhã, ao lado de Fausto Cunha, Luis Canabrava, Daniel Dantas entre outros escritores. Advogado de formação, Renard dedicou-se principalmente ao jornalismo cultural. Passou por diversos jornais e revistas, dentre eles o Correio da Manhã, Revista da Semana onde foi redator, na Revista Branca de Saldanha Coelho, na revista Manchete e no jornal Última Hora, foi redator-chefe da revista Literatura. Reside atualmente no Rio de Janeiro, onde fui encontrá-lo em seu apartamento, no Bairro de Copacabana, cheio de saudades da Ribeira do Jundiaí, sobre a qual me fez as mais variadas perguntas.

Rossini Quintas Perez. Gravador, pintor e fotografo. Em 1951, freqüenta a Associação Brasileira de Desenho. Em visita à 2ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1953, impressiona-se com as gravuras de autoria de Edvard Munch e decide se dedicar a essa técnica. Em 1952, participa da 1º Exposição Nacional de Arte Abstrata, no Hotel Quitandinha, em Petrópolis, Rio de Janeiro. Na década de 1950, suas obras tratam de temas como os barcos, os morros e as favelas cariocas. Professor do Ateliê de Gravura do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Aperfeiçoa-se em litografia, em Amsterdã. Reside em Paris de 1962 a 1972. Ajudou a implantar uma oficina de gravura em metal na Escola Nacional de Belas Artes, em Dacar, Senegal, entre 1974 e 1975, sendo professor nessa instituição em 1977 e 1978. Atualmente reside no Rio de Janeiro, colecionando os prêmios e os reconhecimento por sua vida meritória.

Ademilde Fonseca, cantora e diva do rádio. Recebeu do instrumentista Benedito Lacerda o título de "Rainha do chorinho". Como a maioria dos macaibenses, buscou outras plagas em busca de seus sonhos, dos seus ideais. Sua estréia em disco aconteceu em agosto de 1942, num 78 rpm que trazia o choro "Tico-Tico no Fubá" e o samba "Voltei pro morro", de Benedito Lacerda e Darci de Oliveira. Cantora de importância fundamental na música popular brasileira, e particularmente para o desenvolvimento do choro. Até o seu surgimento, o choro não era para ser cantado e era considerado como um gênero exclusivo dos instrumentistas.

Claudionor Batista de Oliveira – Dosinho. Compositor e Cantor. Embora seja conhecido como compositor de frevos, sua carreira teve início com composições para campanhas publicitárias como também políticas. Compôs também sambas-enredo. Começou a compor na década de 1940. recebeu as seguintes palavras elogiosas do historiador Câmara Cascudo: "Dosinho tem a linguagem musical. Diz todas as suas emoções na linha melódica, doce, clara, fácil, com uma naturalidade de fonte. E uma grandeza espontânea de predestinado".

E sócios beneméritos:

Pedro Simões, cearamirimense, homem dinâmico, habilidoso e versátil. Advogado militante no ramo empresarial, tornou-se escritor com mais de uma vintena de livros publicados. Humanista, escreveu em jornais, tornou-se editor e grande incentivador dos movimentos culturais, sendo um dos ardentes incentivadores da fundação desta Academia de Letras de Macaíba. Recentemente, fundou com seus pares a Academia de Letras do Ceará-Mirim, para honra e glória da terra de Rodolfo Garcia.

Luiz G M Bezerra, “Seu Luizinho”. Acariense. Ex-aluno marista, comerciante, desportista, escritor, funcionário público com notória retidão pelos cargos que pasou, articulista de vários jornais do Estado, rememorando para às novas gerações as biografias de atletas, de empresários, de políticos e do povo querido do Seridó. Simples e bom, seu Luizinho jamais deixa de receber em sua residência a todos que buscam beber da rica história estadual. História essa que ele carrega no sangue seridoense. Os jovens pesquisadores, muitas vezes sem fontes, encontram em Luiz GM Bezerra o porto seguro para suas indagações. Luiz GM Bezerra é de todos nós bastante conhecido e reconhecido seus méritos de pesquisador sério e comprometido com a memória do RN.

Um comentário:

  1. Parabens a todos os membros da Academia Macaibensa de Letras, particularmente a voce, Anderson Tavares de Lyra, por ser um homem dedicado a cultura e tambem um seu divulgador.

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