Em Macaíba, assim como em diversas partes do Brasil, muitas pessoas insurgiram-se contra a nova lei. Para elas, continuava em voga as certidões religiosas – como batistério e demais documentos. O Cel. Feliciano de Lyra Tavares foi perseguido pelo vigário de Macaíba por ter celebrado o primeiro casamento civil de São Gonçalo do Amarante onde era Juiz de Paz. A ira do padre foi tanta que acabou por excomungar Feliciano de Lyra Tavares, negando-lhe assento em sua própria tribuna de honra na matriz local.
Recorrendo aos arquivos do cartório local, encontrei o registro do primeiro casamento civil registrado em Macaíba. Do documento consta a união de João Paulino Damasceno Cunha e Emília Benvinda Barbosa Tinôco, a noiva era de família há muitos anos radicada em Macaíba. Foram testemunhas o comendador Umbelino de Mello e o major Afonso Saraiva, gente de prol e mando no pequeno universo local. Segue a certidão copiada Ipsis litteris.
Aos vinte e um dias do mês de fevereiro de mil oito centos e oitenta e nove, nesta Villa Districto de Paz da Paróchia de Nossa Senhora da Conceição da Macahyba, Província do Rio Grande do Norte, comparecerão no meo cartório João Paulino Damasceno Cunha e Emília Benvinda Barbosa Tinôco: elle de trinta e seis annos, natural da Villa de Papary e residente nesta Villa da Macahyba onde exerce a profissão de caixeiro, filho legitimo de Felizardo Francisco da Cunha, já fallecido e de Felisarda Conceição natural de Papary e residente em Ceará-Mirim, e a nubente com idade de vinte annos, natural da cidade do Natal e residente nesta Villa, sendo filha legitima de Aleixo Barbosa da Fonseca Tinôco, natural da cidade do Natal e Benvinda Francelina Barbosa Tinôco natural da cidade de São José, e moradora na cidade do Natal onde falleceu.
Exhibindo de (...) parocho d’esta matris José Paulino de Andrade, em dacta – digo data de vinte e um de janeiro do corrente anno, perante as testemunhas abaixo mencionadas e assignadas – que no dia desenove de janeiro do corrente anno, as sette horas da tarde, forão recebidos em matrimonio na matriz desta Villa com a assistência do referido parocho da mesma por concentimento do pae da noiva, por esta ser menor de idade, observando todas as formalidades dos casamentos feitos no Brasil, e forão testemunhas o comendador Umbelino Freire de Gouveia Mello, casado, com a idade de quarenta e cinco annos, commerciante, natural da Província da Parahyba do Norte e morador nesta Villa, e o major Affonso Saraiva de Maranhan, casado, idade de trinta e seis annos, commerciante, natural da província de Alagoas e morador nesta mesma Villa. Do que para constar, lavrei este assento em que comigo assignarão os declarantes e as testemunhas já mencionadas, aos quais foi lido o presente assento e acharão conforme. EU Belarmino Pinto de Oliveira e Castro, Escrivão de Paz o escrevi.
Belarmino Pinto de Oliveira e Castro
João Paulino Damasceno Cunha
Emília Benvinda Barbosa Tinôco
Meu avô foi Vicente Barbosa Tinôco (1889 - 1940 aprox.), casado com Gertrudes Nobre Tinôco (nome de solteira: Nobre da Fonseca) (1889 - 1981). Provavelmente meu avô era parente direto de Emília Benvinda.
ResponderExcluirDescendente do Ten Cel Felix/Felis Barbosa Tinoco, da cavalaria da Ribeira do Açu, e o Pe. Francisco Barbosa Tinoco (pároco de Açu em 1741).
Mais atrás, no Séc XVII, temos Francisco Velho Tinoco que retornou a família ao judaísmo durante a ocupação holandesa.
Se tiveres alguma informação sobre a família Tinoco, ficarei muito feliz.
Parabéns pelo excelente trabalho.
Também tenho este sobrenome e gostaria de saber algumas informações a repeito da genealogia da minha família. Contatos pelo e mail: du_tinoco@yahoo.com.br
Excluircaro Anderson Tavares,
ResponderExcluirEm pesquisa com o objetivo de encontrar parentes,descendentes do avô de minha mãe, nós encontramos o seu blog. Gostaria que se fosse possivel, nos desse dicas sobre membros da familia de manoel Alexandre de Lima,casado com josefa maria da Conceição( sabemos noticias dele até meados de 1946,após esse período não se tem mais noticias). sabemos que eram agricultores e que viviam em uma pequena fazenda na zona rural de Macaíba.
Acreditamos que devam ainda morar em macaíba, descendentes de manoel Alexandre de Lima e gostariamos de saber mais sobre esse povo.Minha mãe é filha de Josefa Alexandre de Lima,que pode ter sido registrada emm macaiba ou Vera Cruz. Gostaria de contribuir com seu blog, sobre a genealogia de Macaiba e em contrapartida,gostaria de saber se temos algum parente ainda residente no municipio.( filhos,netos,ou bisnetos de manoel Alexandre de Lima.
Aguardamos ansiosamente .
mariaveronic3@hotmail.com
Eu sou Tinôco, minha mãe era de Assú da família Tinôco, Varela e Barbosa gostaria de conhecer um pouco da família tinôco
ResponderExcluirEu sou alcides Tinoco, minha família teve origem em Macaíba com meu avô JOSÉ ABSALÃO TINOCO, filho de ABSALÃO BARBOSA TINOCO
ResponderExcluirSou neto de Moacir Barbosa Tinoco, filho de Francisco Barbosa Tinoco.
ExcluirMe chamo Cláudia Alcântara Tinoco Furtado, o meu Tinoco é por parte de pai Raimundo Tinoco de Sousa, natural de Macaíba que imigrou para o Rio de Janeiro. Filho de Severina Tinoco de Sousa e de Antonio Quirino de Sousa. Gostaria de saber mais sobre os Tinocos de Macaíba, pois os que tem no Rio são de outro ramo dos Tinocos, sem relação com os do RN.
ResponderExcluirSou Tinoco.
ResponderExcluirMeu avó Materno também tem o Nome de Vicente Barbosa Tinoco. Também do Rio Grande do Norte.